Mario de Andrade E Oswald de Andrade
Introdução
O movimento modernista
no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de
1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação
do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para onazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para onazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade.
Mário de Andrade: Histórico
Quando eu morrer
quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos[...]
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos[...]
Cidade onde ele estudou música e cedo começou sua
carreira como crítico de arte, em jornais e revistas. Com 20 anos escreveu seu
primeiro livro, Há uma gota de sangue em
cada poema, onde ele fazia uma critica encima da
primeira guerra mundial, assim defendendo a paz.
Mário de Andrade, que no inicio de carreira
era denominado Mário Sobral, teve grande importância na implantação do
Modernismo no Brasil. Suas obras traziam características modernistas, que ele
gostava de dar destaque, em 1922, meses após a Semana, publicou o seu Prefácio interessantíssimo; e em 1925,
quando se articularam revistas e movimentos por todo o país, lançou o ensaio A escrava que não é Isaura, onde
demonstrava suas concepções iniciais sobre a arte moderna.
Autor modernista, que tinha uma frase como
lema “o passado é lição para se meditar e não para se reproduzir”, o que se
apresentava bem em suas obras, a conciliação do passado com o presente, assim
ganhando a consideração da visão critica sobre vários autores do passado.
Mário era um homem com muitos interesses,
tanto pela música, pelo folclore, pela antropologia, pela etnografia, pela
psicologia e por outras áreas do conhecimento humano.
Ele nunca saiu do Brasil, assim viajando por
este imenso país e aplicando as suas obras conhecimento adquiridos por cada
estado que passará, suas obras são recheadas de cultura brasileira, sendo assim
considerado um “turista aprendiz”, pois viajará pelo país em busca de
conhecimentos, como: poemas, canções populares, modinhas, ritmos, festas
religiosas e de folia, lendas e músicas indígenas, objetos de arte. Se
transformando no diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo,
foi também, professor universitário, sempre prestando serviços de grande valor
na área da cultura e da educação.
Mário de Andrade encarava sua intensa
atividade cultural como missão, ele queria ser útil no processo de reconstrução
de um Brasil que se trans formava social, política, econômica e culturalmente.
Ele morreu em São Paulo - SP em 25 de fevereiro de
1945, vitimado por um enfarte do miocárdio, em sua casa. Foi enterrado no
Cemitério da Consolação.
Obras publicadas por Mário de Andrade:
- Há uma gota de sangue em cada poema, 1917
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928 (uma de suas obras mais importantes)
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928 (uma de suas obras mais importantes)
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992
OSWALD DE ANDRADE
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São
Paulo em 1890. E viveu numa época em que São Paulo se despertava para a
industrialização e a tecnologia. Abria-se um novo mundo urbano, que Oswald logo
assimilaria fascinado: o bonde elétrico, o rádio, o cinema, a propaganda com
sua linguagem-síntese.
Oswald tinha 22 anos quando fez a primeira
de várias viagens à Europa (1912), onde entrou em contato com os movimentos
de vanguarda. Mas só depois de dez anos empregaria as técnicas desses
movimentos.
|
Nenhum outro escritor do Modernismo ficou
mais conhecido pelo espírito irreverente e combativo do que Oswald de Andrade.
Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do
início do século. A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características
do Modernismo da primeira fase.
Em Pau-Brasil, põem em prática as propostas
do manifesto do mesmo nome. Na primeira parte do livro, "História do
Brasil", Oswald recupera documentos da nossa literatura de informação,
dando-lhe um vigor poético surpreendente.
Na segunda parte de Pau-Brasil - "Poemas
da colonização" -, o escritor revê alguns momentos de nossa época
colonial. O que mais chama a atenção nesses poemas é o poder de síntese do
autor. No Pau-Brasil há ainda a descrição da paisagem brasileira, de cenas do
cotidiano, além de poemas metalingüísticos.
Em 1937 publicou-se “O rei da vela”, peça que
focaliza a sociedade brasileira dos anos 30. Pelo seu caráter pouco
convencional, só foi levada a cena trinta anos depois, integrando o movimento
tropicalista.
OBRASHumor:
Revista “O Pirralho” — crônicas em português macarrônico sob o pseudônimo de Annibale Scipione (1912 — 1917)
Poesia:
Pau-Brasil (1925)
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927)
Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945)
O escaravelho de ouro (1946)
Romance:
A trilogia do exílio: I — Os condenados, II —A estrela de absinto, III — A escada vermelha (1922-1934)
Memórias sentimentais de João Miramar (1924)
Serafim Ponte Grande (1933)
Marco Zero: I - A revolução melancólica, II — Chão (1943).
Memórias: Um homem sem profissão (1954)
Teatro:
A recusa (1913)
Théâtre Brésilien — Mon coeur balance e Leur Âme (1916) (com Guilherme de Almeida)
O homem e o cavalo (1934)
A morta (1937);
O rei da vela (1937).
O rei floquinhos (1953)
Manifestos:
Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924)
Manifesto Antropófago (1928)
Manifesto Ordem e Progresso (1931)
Teses, artigos e conferências publicadas:
O meu poeta futurista (1921)
A Arcádia e a Inconfidência (1945)
A sátira na poesia brasileira (1945)
Versões e adaptações:
Filme “O homem do Pau-Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na vida de Oswald de Andrade (1980)
Filme “Oswaldinianas”. Formado por cinco episódios, dirigidos por Julio Bressane, Lucia Murat, Roberto Moreira, Inácio Zatz, Ricardo Dias e Rogério Sganzerla (1992)
Publicações póstumas:
A utopia antropofágica – Globo
Ponta de lança – Globo
O rei da vela – Globo
Pau Brasil – Obras completas – Globo
O santeiro do mangue e outros poemas – Globo
Obras completas – Um homem sem profissão – Memórias e confissões sob as ordens de mamãe – Globo
Telefonema – Globo
Dicionário de bolso – Globo
O perfeito cozinheiro das almas desse mundo – Globo
Os condenados – A trilogia do exílio – Globo
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade – Globo
Os dentes do dragão – Globo
Mon coeur balance – Le Âme - Globo
Dados obtidos no livro "O Salão e a Selva: uma biografia ilustrada de Oswald de Andrade", Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris - Campinas (SP), 1995, de Maria Eugenia Boaventura; no sítio Itaucultural e em outros sobre o biografado.
Conclusão
Concluí se que as obras de Oswald de Andrade
refletem na linguagem literária, pois não se adequava aos modelos de literatura
da época, sua obra original era repleta de humor e ironia. Incorporou à sua
obra os neologismos, a falta de padronização, além da linguagem coloquial,
citada anteriormente.
Suas principais obras são: Poesia
pau-brasil, Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade, Memórias
Sentimentais de João Miramar, Serafim Ponte Grande, Os condenados.
Já Mario de Andrade possuiu uma característica literária baseada na cultura
brasileira, por onde buscou conhecer cada uma delas pessoalmente, assim
colocando em suas obras, com um toque de humor. Alem disso, cativou vários
críticos literários, envolvendo suas obras num contesto histórico entre o
passado e a atualidade.
Referencia Bibliográfica
Disponível
em http://www.culturabrasil.pro.br/oswald.htm. Acesso em 10
de Maio de 2012.
Disponível
em http://www.releituras.com/oandrade_bio.asp. Acesso em 10 de
Maio de 2012.
CEREJA,
Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português, Linguagens 3. 7º edição.
Editora: SARAIVA. São Paulo, 2010. 416 p.
Imagem:
Disponível em: http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/biografias/mariodeandrade.jpg.
Acesso em 01 de maio de 2012.
Tectona grandis (Teca)
Tectona
grandis (Teca)
A teca é uma árvore de grande porte,
nativa das florestas tropicais no subcontinente índico e no sudeste asiático,
principalmente na Índia, Burma, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Java. A teca
é uma espécie de alta adaptabilidade, ocorrendo em áreas com precipitação anual
de 800 a 2500 mm, e temperaturas extremas de 2°a 42°C, porém não resiste à
geada. Devido a sua dispersão geográfica e à variedade de ambientes onde ocorre
naturalmente.
Ela é
cultivada desde o século XVIII, quando havia grade demanda de madeira para
construção naval. Cultura tradicional no sul da Ásia, onde é cultivada em
grande escala. Atualmente, a área mundial plantada excede os 3 milhões de
hectares, sendo os maiores produtores os países asiáticos, e outros países
tropicais, como: Togo, Camarões, Zaire, Nigéria, Trinidad, Honduras e Brasil, possuem
produção inferior.
Apesar de
somente poder ser cultivada em regiões tropicais, a madeira é muito procurada
no continente europeu. Por portar uma madeira de alta qualidade e pela sua
rusticidade, ela se torna muito apreciada mundialmente.
Informações
Botânicas
A Tectona
grandis L.f. pertence à família botânica Verbenaceae. As folhas são
coriáceas e medem de 30 a 60 cm de comprimento por 20 a 35 cm de largura. Os
limbos são largos e elípticos, glabros na face superior e tomentosos na face
inferior.
As flores
são pequenas, de coloração branco-amarelada e se dispõem em panículas de até 40
x 35 cm.
Os frutos
são do tipo drupa, cilíndricos, de cor marrom, com diâmetro de aproximadamente
1 cm, apresentando quatro cavidades, onde se encontram as sementes (uma por
cavidade), mas nem todas germinam. A primeira frutificação ocorre aos 5 ou 6
anos de idade.
A árvore pode
atingir de 25 a 35m (raramente acima de 45m) de altura e diâmetro de 100 cm ou
mais. O tronco é revestido por uma casca espessa, reto e resistente ao fogo.
Perde as folhas durante a estação seca, pois se trata de uma essência
caducifólia.
A Madeira
O alburno
é estreito e claro. Essa beleza peculiar faz da teca uma madeira muito
procurada para decoração de interiores luxuosos e mobiliários fino.
Além do
efeito decorativo, também pode ser utilizada, para: construção naval, laminação
e compensados, lenha e carvão vegetal.
A
densidade média da teca é 0,65g/cm³ e, apesar de ser leve, apresenta boa
resistência a peso, tração e flexão, semelhante ao mogno brasileiro.
A madeira
é estável; praticamente não tem alteração durante a secagem. A estabilidade
permite que a madeira resista à variação de umidade no ambiente.
Ela
apresenta boa durabilidade. Não havendo muitos registros sobre o ataque de
pragas que possam comprometer o plantio. Essa durabilidade convém da
tectoquinono, que é um preservativo natural das células da madeira.
Tanto
alburno, quanto cerne contém uma substância semelhante a um látex, denominado
caucho, que reduz a absorção de água e lubrifica as superfícies.
Em todos
os países onde a teca é explorada, toda a madeira é aproveitada. Sendo
utilizadas para a fabricação de móveis, portas, decoração interna e também na
produção dos mais diversos utensílios. A madeira de pequeno diâmetro é usada na
edificação de construções rústicas, como vigamento, esteio ou madeiramento do
telhado.
Plantio
Planta de
clima tropical úmido, caracterizado por verão chuvoso e inverno seco. Deve-se
atentar para os seguintes fatores:
·
Precipitação
anual entre 1200 e 2500 mm.
·
Período
seco de 3 a 5 meses, coincidente com o período de temperaturas mais amenas. A
qualidade da madeira depende desse período seco.
·
A
temperatura média anual deve estar acima de 22°C. O melhor crescimento das
mudas de teca ocorrem quando as temperaturas diurnas variam entre 27°e 36°C e
noturnas entre 22°e 31°C.
A teca é
exigente de um solo fértil e com profundidade de mais de 1,5 metros, permeável,
bem drenado e com capacidade média a alta de retenção de água. Os solos de
textura média são os mais indicados. Seu melhor desenvolvimento está
relacionado à riqueza dos nutrientes, matéria orgânica e pH próximo da
neutralidade.
Os
terrenos de declividade alta devem ser evitados, por causa da erosão. Caso
estes sejam utilizados, recomenda-se a construção de obras de conservação de
solo (curvas de nível e terraços) e o uso das técnicas de cultivo mínimo.
Produção
de Mudas
Produção
de mudas por frutos, deve-se observar a qualidade do lote dos frutos. Os frutos
de teca colocados imersos em água corrente por 24 a 48 horas deixa a germinação
uniforme. Na sementeira o melhor substrato é a areia com terra orgânica e a
temperatura ótima é alcançada cobrindo-se a sementeira com lona plástica preta
por 96 horas. As plântulas germinadas são então repicadas para saquinhos
plásticos ou tubetes, estando prontas para plantio entre 3 a 4 meses.
Outra alternativa é por raiz nua, conhecida
com “muda-toco”, que consiste em 10 cm da raiz pivotante e 2 cm do caule.
Podendo ser transplantada para recipientes individuais ou ser plantada
diretamente no campo. Apresenta a desvantagem de ter tempo maior para produção
de mudas, com um período de 4 a 11 meses.
Produtividade:
Os dados que seguem são referentes a plantios realizados
em condições adequadas de cultivo (solo, clima, qualidade de semente etc.):
·
A produtividade média, no ciclo recomendado
para produção de madeira comercial, situa-se entre 10 a 15 m³/ha/ano,
totalizando de 250 a 350 m³/ha ao.longo de 25 anos e num regime com 4
desbastes;
·
De 50 a 60% da produção total é colhido no
corte final; esse volume corresponde a valores entre 150 e 230m³/ha.
·
A madeira do primeiro desbaste é considerada
não-comercial, porém tem aplicações no meio rural, podendo gerar receita
significativa.
·
Os custos de implantação e manutenção são
amortizados nos segundo e terceiro desbastes.
·
O quarto desbaste e o corte final concentram
o resultado econômico do do reflorestamento com Teca.
·
Atualmente, o preço FOB do metro cúbico de
madeira de teca comercial varia de US$ 400 a US$ 3000, dependendo da qualidade
de madeira (com ou sem nós) e bitola das toras.
Exploração
da Teca no Brasil:
Foi
nas terras do Mato Grosso, e recentemente, que começou a exploração comercial
de teca no país. Embora a planta tenha sido trazida para o Brasil no início do
século 19 pelos portugueses, somente em 1971 uma empresa começou a explorá-la.
Pioneira no cultivo, a Cáceres Agro florestal, no município do mesmo nome,
começa a colher hoje, passada quase 32 anos, os lucros de uma espera paciente.
Com uma produção de 6 mil metros cúbicos anuais em 1.400 hectares, a empresa já
exporta toras para a Ásia. Segundo especialistas, em 25 anos a rentabilidade de
cada hectare pode chegar a 50 mil dólares.
Mercado
A
produção mundial é de, aproximadamente, 3 milhões de metros cúbicos por ano,
sendo que a maior parcela é consumida pelo mercado interno dos países
produtores. O mercado internacional consome cerca de 500 mil metros cúbicos,
mas a oferta ainda é muito menor que a demanda.
O mercado
brasileiro também é visto como um grande potencial de consumo, assim como de
produção. Afinal, o Brasil possui áreas adequadas para plantio de teca e uma
floresta tropical para preservar.
Como é o Mercado ?
·
Maiores
produtores: Indonésia, Mianmar e Sri Lanka.
·
Maiores
importadores: Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Dinamarca, Emirados Árabes,
EUA, Japão, Holanda, Itália e Reino Unido.
Referencia
Bibliográfica
Tétano
É uma doença infecciosa, não contagiosa, altamente fatal, causada pela toxina de uma bactéria chamada Clostridium tetani, que entra no organismo através de uma lesão prévia. É caracterizada por rigidez muscular (tetania), podendo levar à morte por parada respiratória ou convulsões.
Os sinais clínicos ocorrem uma a três semanas após a infecção bacteriana. Em bovinos e ovinos os casos ocorrem após manejo como castração, descorna, tosa ou remoção da cauda, por falta de cuidados higiênicos.
Ao iniciar a doença deve ser administrado soro antitetânico na dose 100.000 UI por via intravenosa, repetindo quando necessário. Fornecer alimentação líquida e de fácil deglutição. Conservar o animal em abrigo isolado, escuro e sossegado.
Em bovinos, ovinos e caprinos somente os cuidados higiênicos após manejo de castração, descorna, tosquia, corte de cauda são suficientes para evitar a doença.
Acomete todos os animais de sangue quente, inclusive o homem. Pelo fato da doença, na maior parte dos casos, ser causada por contaminação de ferimentos (na pele e nas mucosas) por terra, é também chamada de “Doença Telúrica”, ou seja, originária da terra.
São particularmente sensíveis à doença os animais da espécie equina, mais sensíveis até que o homem. Os bovinos são os menos sensíveis à doença.
Ao penetrar através de um ferimento ou solução de continuidade da pele em um animal suscetível, o microorganismo permanece aguardando o momento em que ocorre a cicatrização, fechando o ferimento, criando então um ambiente de anaerobiose (falta de oxigenação) para se transformar em sua forma vegetativa. É nessa fase que tem início a secreção e liberação da potente toxina (veneno) pelo germe, sendo essa a responsável pelo desencadeamento dos sintomas da doença, a qual é denominada de Toxina Tetânica. Entre as toxinas mais potentes conhecidas, a tetânica só é superada pela Toxina Botulínica, secretada também por outro germe do mesmo grupo, o Clostridium botulinum.
Pode ocorrer em animais de qualquer idade e sexo. Em animais recém-nascidos, a doença ocorre geralmente pela contaminação do umbigo pelo C. tetani. Em humanos, antigamente, era a doença conhecida como “Mal dos Sete Dias”.
Como reconhecer
Os animais apresentam andar rígido com os membros em forma de cavalete, tremores musculares, trismo mandibular (impossibilidade de abrir a boca), prolapso da terceira pálpebra, rigidez da cauda, orelhas eretas (orelhas entesouradas, animal em estado de alerta), hiperexcitabilidade, rigidez dos músculos da cara e dificuldade ou impossibilidade para defecar e urinar. Podem ocorrer convulsões, inicialmente quando há estímulo por qualquer barulho e, posteriormente, de forma espontânea.
O diagnóstico de tétano é realizado, essencialmente, pelo exame clínico, pelos sintomas e pelos dados epidemiológicos (história recente de lesão acidental ou cirúrgica).
Como tratar
Fazer drenagem e limpeza dos ferimentos com água oxigenada, infiltração de Penicilina G em torno da ferida e administração intramuscular de Penicilina G Potássica na dose de 25.000 UI/kg de peso, duas vezes ao dia até a cura do animal.
Fazer o uso de produtos relaxantes musculares.
Como evitar
Em equinos são necessários maiores cuidados, como: vacinação anual dos animais; uso de soro antitetânico antes de intervenções cirúrgicas ou depois de ferimentos que possam facilitar a infecção; evitar o contato das feridas profundas com terra ou qualquer sujeira, cuidados de assepsia do instrumento cirúrgico e da anti-sepsia das feridas, desinfetando-as, tão cedo quanto possível; eliminação de objetos pontiagudos que possam causar ferimentos acidentais.
HISTÓRIA
Conquanto
o tétano e sua sintomatologia fossem conhecidas desde a antigüidade, sendo
descrito por Hipócrates, sua causa continuou sendo um mistério até o século
XIX.
As
primeiras informações sobre a transmissão da doença foram feitas por Carle e
Rattone, que, em 1884, a reproduziram em coelhos. No ano seguinte, Nicoleir
reproduziu e confirmou aquelas pesquisas e observou nas feridas o agente do
tétano, observando ainda que o mesmo bacilo esporulado podia encontrar-se na
terra.
Tizzoni
e Catani, em 1889, conseguiram isolar o bacilo do tétano em cultivo puro. Faber,
em 1980, demonstrou a existência da toxina tetânica. No ano de 1892, Behring e
Kitasato descobriram um método de imunização eficaz, com o toxóide ou toxina
envelhecida, o que foi aperfeiçoado por Ramom e Descombey, em 1925, que
detoxicaram a toxina pela ação do formol, denominando-a anatoxina.
Art. 116- RIISPOA: “É proibida a matança em comum de animais que no ato de inspeção ante-mortem, sejam suspeitos das seguintes zoonoses...
29/04/12
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