Nazismo na Alemanha

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Mario de Andrade E Oswald de Andrade


Introdução
O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.

Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para onazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade.

Mário de Andrade: Histórico

Mário Raul de Moraes Andrade nasceu no dia 9 de outubro de 1893, filho de Carlos Augusto de Moraes Andrade e Maria Luísa Leite Moraes Andrade; na Rua Aurora, 320, em São Paulo - SP. Cidade que muito se orgulha, assim sendo retratada em varias obras, como o no poema “Quando eu Morrer:
Quando eu morrer quero ficar, 
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade, 
Saudade. 
Meus pés enterrem na rua Aurora, 
No Paissandu deixem meu sexo, 
Na Lopes Chaves a cabeça 
Esqueçam. 
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano: 
Um coração vivo e um defunto 
Bem juntos[...]
Cidade onde ele estudou música e cedo começou sua carreira como crítico de arte, em jornais e revistas. Com 20 anos escreveu seu primeiro livro, Há uma gota de sangue em cada poema, onde ele fazia uma critica encima da primeira guerra mundial, assim defendendo a paz.
Mário de Andrade, que no inicio de carreira era denominado Mário Sobral, teve grande importância na implantação do Modernismo no Brasil. Suas obras traziam características modernistas, que ele gostava de dar destaque, em 1922, meses após a Semana, publicou o seu Prefácio interessantíssimo; e em 1925, quando se articularam revistas e movimentos por todo o país, lançou o ensaio A escrava que não é Isaura, onde demonstrava suas concepções iniciais sobre a arte moderna.
Autor modernista, que tinha uma frase como lema “o passado é lição para se meditar e não para se reproduzir”, o que se apresentava bem em suas obras, a conciliação do passado com o presente, assim ganhando a consideração da visão critica sobre vários autores do passado.
Mário era um homem com muitos interesses, tanto pela música, pelo folclore, pela antropologia, pela etnografia, pela psicologia e por outras áreas do conhecimento humano.
Ele nunca saiu do Brasil, assim viajando por este imenso país e aplicando as suas obras conhecimento adquiridos por cada estado que passará, suas obras são recheadas de cultura brasileira, sendo assim considerado um “turista aprendiz”, pois viajará pelo país em busca de conhecimentos, como: poemas, canções populares, modinhas, ritmos, festas religiosas e de folia, lendas e músicas indígenas, objetos de arte. Se transformando no diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, foi também, professor universitário, sempre prestando serviços de grande valor na área da cultura e da educação.
Mário de Andrade encarava sua intensa atividade cultural como missão, ele queria ser útil no processo de reconstrução de um Brasil que se trans formava social, política, econômica e culturalmente.
Ele morreu em São Paulo - SP em 25 de fevereiro de 1945, vitimado por um enfarte do miocárdio, em sua casa. Foi enterrado no Cemitério da Consolação.
Obras publicadas por Mário de Andrade:
Há uma gota de sangue em cada poema, 1917
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928 (uma de suas obras mais importantes)
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar  Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992

OSWALD DE ANDRADE
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo em 1890. E viveu numa época em que São Paulo se despertava para a industrialização e a tecnologia. Abria-se um novo mundo urbano, que Oswald logo assimilaria fascinado: o bonde elétrico, o rádio, o cinema, a propaganda com sua linguagem-síntese.
Oswald tinha 22 anos quando fez a primeira de várias viagens à Europa (1912), onde entrou em contato com os movimentos de vanguarda. Mas só depois de dez anos empregaria as técnicas desses movimentos.
Nenhum outro escritor do Modernismo ficou mais conhecido pelo espírito irreverente e combativo do que Oswald de Andrade. Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do início do século. A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características do Modernismo da primeira fase.
Em Pau-Brasil, põem em prática as propostas do manifesto do mesmo nome. Na primeira parte do livro, "História do Brasil", Oswald recupera documentos da nossa literatura de informação, dando-lhe um vigor poético surpreendente.
Na segunda parte de Pau-Brasil - "Poemas da colonização" -, o escritor revê alguns momentos de nossa época colonial. O que mais chama a atenção nesses poemas é o poder de síntese do autor. No Pau-Brasil há ainda a descrição da paisagem brasileira, de cenas do cotidiano, além de poemas metalingüísticos.
Em 1937 publicou-se “O rei da vela”, peça que focaliza a sociedade brasileira dos anos 30. Pelo seu caráter pouco convencional, só foi levada a cena trinta anos depois, integrando o movimento tropicalista.
OBRAS
Humor:

Revista “O Pirralho” — crônicas em português macarrônico sob o pseudônimo de Annibale Scipione (1912 — 1917)


Poesia:

Pau-Brasil (1925)

Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927)

Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945)

O escaravelho de ouro (1946)


Romance:

A trilogia do exílio: I — Os condenados, II —A estrela de absinto, III — A escada vermelha (1922-1934)

Memórias sentimentais de João Miramar (1924)

Serafim Ponte Grande (1933)

Marco Zero: I - A revolução melancólica, II — Chão (1943).

Memórias: Um homem sem profissão (1954)


Teatro:

A recusa (1913)

Théâtre Brésilien — Mon coeur balance e Leur Âme (1916) (com Guilherme de Almeida)

O homem e o cavalo (1934)

A morta (1937);

O rei da vela (1937).

O rei floquinhos (1953)


Manifestos:


Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924)

Manifesto Antropófago (1928)

Manifesto Ordem e Progresso (1931)

Teses, artigos e conferências publicadas:

O meu poeta futurista (1921)

A Arcádia e a Inconfidência (1945)

A sátira na poesia brasileira (1945)


Versões e adaptações:


Filme “O homem do Pau-Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na vida de Oswald de Andrade (1980)

Filme “Oswaldinianas”. Formado por cinco episódios, dirigidos por Julio Bressane, Lucia Murat, Roberto Moreira, Inácio Zatz, Ricardo Dias e Rogério Sganzerla (1992)


Publicações póstumas:


A utopia antropofágica – Globo

Ponta de lança – Globo

O rei da vela – Globo

Pau Brasil – Obras completas – Globo

O santeiro do mangue e outros poemas – Globo

Obras completas – Um homem sem profissão – Memórias e confissões sob as ordens de mamãe – Globo

Telefonema – Globo

Dicionário de bolso – Globo

O perfeito cozinheiro das almas desse mundo – Globo

Os condenados – A trilogia do exílio – Globo

Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade – Globo

Os dentes do dragão – Globo

Mon coeur balance – Le Âme - Globo


Dados obtidos no livro "O Salão e a Selva: uma biografia ilustrada de Oswald de Andrade", Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris - Campinas (SP), 1995, de Maria Eugenia Boaventura; no sítio Itaucultural e em outros sobre o biografado.


Conclusão

Concluí se que as obras de Oswald de Andrade refletem na linguagem literária, pois não se adequava aos modelos de literatura da época, sua obra original era repleta de humor e ironia. Incorporou à sua obra os neologismos, a falta de padronização, além da linguagem coloquial, citada anteriormente.
Suas principais obras são: Poesia pau-brasil, Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade, Memórias Sentimentais de João Miramar, Serafim Ponte Grande, Os condenados.
Já Mario de Andrade possuiu uma característica literária baseada na cultura brasileira, por onde buscou conhecer cada uma delas pessoalmente, assim colocando em suas obras, com um toque de humor. Alem disso, cativou vários críticos literários, envolvendo suas obras num contesto histórico entre o passado e a atualidade. 

Referencia Bibliográfica
Disponível em: http://www.releituras.com/marioandrade_bio.asp. Acesso em 18 de abril de 2012.
Disponível em http://www.culturabrasil.pro.br/oswald.htm. Acesso em 10 de Maio de 2012.
Disponível em http://www.releituras.com/oandrade_bio.asp. Acesso em 10 de Maio de 2012.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português, Linguagens 3. 7º edição. Editora: SARAIVA. São Paulo, 2010. 416 p.
Imagem:
 Disponível em: http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/biografias/mariodeandrade.jpg. Acesso em 01 de maio de 2012. 

Tectona grandis (Teca)


Tectona grandis (Teca)
       A teca é uma árvore de grande porte, nativa das florestas tropicais no subcontinente índico e no sudeste asiático, principalmente na Índia, Burma, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Java. A teca é uma espécie de alta adaptabilidade, ocorrendo em áreas com precipitação anual de 800 a 2500 mm, e temperaturas extremas de 2°a 42°C, porém não resiste à geada. Devido a sua dispersão geográfica e à variedade de ambientes onde ocorre naturalmente.
Ela é cultivada desde o século XVIII, quando havia grade demanda de madeira para construção naval. Cultura tradicional no sul da Ásia, onde é cultivada em grande escala. Atualmente, a área mundial plantada excede os 3 milhões de hectares, sendo os maiores produtores os países asiáticos, e outros países tropicais, como: Togo, Camarões, Zaire, Nigéria, Trinidad, Honduras e Brasil, possuem produção inferior.
Apesar de somente poder ser cultivada em regiões tropicais, a madeira é muito procurada no continente europeu. Por portar uma madeira de alta qualidade e pela sua rusticidade, ela se torna muito apreciada mundialmente.
Informações Botânicas
Tectona grandis L.f. pertence à família botânica Verbenaceae. As folhas são coriáceas e medem de 30 a 60 cm de comprimento por 20 a 35 cm de largura. Os limbos são largos e elípticos, glabros na face superior e tomentosos na face inferior.
As flores são pequenas, de coloração branco-amarelada e se dispõem em panículas de até 40 x 35 cm.
Os frutos são do tipo drupa, cilíndricos, de cor marrom, com diâmetro de aproximadamente 1 cm, apresentando quatro cavidades, onde se encontram as sementes (uma por cavidade), mas nem todas germinam. A primeira frutificação ocorre aos 5 ou 6 anos de idade.
A árvore pode atingir de 25 a 35m (raramente acima de 45m) de altura e diâmetro de 100 cm ou mais. O tronco é revestido por uma casca espessa, reto e resistente ao fogo. Perde as folhas durante a estação seca, pois se trata de uma essência caducifólia.
A Madeira
O alburno é estreito e claro. Essa beleza peculiar faz da teca uma madeira muito procurada para decoração de interiores luxuosos e mobiliários fino.
Além do efeito decorativo, também pode ser utilizada, para: construção naval, laminação e compensados, lenha e carvão vegetal.
A densidade média da teca é 0,65g/cm³ e, apesar de ser leve, apresenta boa resistência a peso, tração e flexão, semelhante ao mogno brasileiro.
A madeira é estável; praticamente não tem alteração durante a secagem. A estabilidade permite que a madeira resista à variação de umidade no ambiente.
Ela apresenta boa durabilidade. Não havendo muitos registros sobre o ataque de pragas que possam comprometer o plantio. Essa durabilidade convém da tectoquinono, que é um preservativo natural das células da madeira.
Tanto alburno, quanto cerne contém uma substância semelhante a um látex, denominado caucho, que reduz a absorção de água e lubrifica as superfícies.
Em todos os países onde a teca é explorada, toda a madeira é aproveitada. Sendo utilizadas para a fabricação de móveis, portas, decoração interna e também na produção dos mais diversos utensílios. A madeira de pequeno diâmetro é usada na edificação de construções rústicas, como vigamento, esteio ou madeiramento do telhado.
Plantio
Planta de clima tropical úmido, caracterizado por verão chuvoso e inverno seco. Deve-se atentar para os seguintes fatores:
·         Precipitação anual entre 1200 e 2500 mm.
·         Período seco de 3 a 5 meses, coincidente com o período de temperaturas mais amenas. A qualidade da madeira depende desse período seco.
·         A temperatura média anual deve estar acima de 22°C. O melhor crescimento das mudas de teca ocorrem quando as temperaturas diurnas variam entre 27°e 36°C e noturnas entre 22°e 31°C.
A teca é exigente de um solo fértil e com profundidade de mais de 1,5 metros, permeável, bem drenado e com capacidade média a alta de retenção de água. Os solos de textura média são os mais indicados. Seu melhor desenvolvimento está relacionado à riqueza dos nutrientes, matéria orgânica e pH próximo da neutralidade.
Os terrenos de declividade alta devem ser evitados, por causa da erosão. Caso estes sejam utilizados, recomenda-se a construção de obras de conservação de solo (curvas de nível e terraços) e o uso das técnicas de cultivo mínimo.
Produção de Mudas
Produção de mudas por frutos, deve-se observar a qualidade do lote dos frutos. Os frutos de teca colocados imersos em água corrente por 24 a 48 horas deixa a germinação uniforme. Na sementeira o melhor substrato é a areia com terra orgânica e a temperatura ótima é alcançada cobrindo-se a sementeira com lona plástica preta por 96 horas. As plântulas germinadas são então repicadas para saquinhos plásticos ou tubetes, estando prontas para plantio entre 3 a 4 meses.
 Outra alternativa é por raiz nua, conhecida com “muda-toco”, que consiste em 10 cm da raiz pivotante e 2 cm do caule. Podendo ser transplantada para recipientes individuais ou ser plantada diretamente no campo. Apresenta a desvantagem de ter tempo maior para produção de mudas, com um período de 4 a 11 meses.
Produtividade:
Os dados que seguem são referentes a plantios realizados em condições adequadas de cultivo (solo, clima, qualidade de semente etc.):
·         A produtividade média, no ciclo recomendado para produção de madeira comercial, situa-se entre 10 a 15 m³/ha/ano, totalizando de 250 a 350 m³/ha ao.longo de 25 anos e num regime com 4 desbastes;
·         De 50 a 60% da produção total é colhido no corte final; esse volume corresponde a valores entre 150 e 230m³/ha.
·         A madeira do primeiro desbaste é considerada não-comercial, porém tem aplicações no meio rural, podendo gerar receita significativa.
·         Os custos de implantação e manutenção são amortizados nos segundo e terceiro desbastes.
·         O quarto desbaste e o corte final concentram o resultado econômico do do reflorestamento com Teca.
·         Atualmente, o preço FOB do metro cúbico de madeira de teca comercial varia de US$ 400 a US$ 3000, dependendo da qualidade de madeira (com ou sem nós) e bitola das toras.
Exploração da Teca no Brasil:
Foi nas terras do Mato Grosso, e recentemente, que começou a exploração comercial de teca no país. Embora a planta tenha sido trazida para o Brasil no início do século 19 pelos portugueses, somente em 1971 uma empresa começou a explorá-la. Pioneira no cultivo, a Cáceres Agro florestal, no município do mesmo nome, começa a colher hoje, passada quase 32 anos, os lucros de uma espera paciente. Com uma produção de 6 mil metros cúbicos anuais em 1.400 hectares, a empresa já exporta toras para a Ásia. Segundo especialistas, em 25 anos a rentabilidade de cada hectare pode chegar a 50 mil dólares.

Mercado
A produção mundial é de, aproximadamente, 3 milhões de metros cúbicos por ano, sendo que a maior parcela é consumida pelo mercado interno dos países produtores. O mercado internacional consome cerca de 500 mil metros cúbicos, mas a oferta ainda é muito menor que a demanda.
O mercado brasileiro também é visto como um grande potencial de consumo, assim como de produção. Afinal, o Brasil possui áreas adequadas para plantio de teca e uma floresta tropical para preservar.
Como é o Mercado ?
·         Maiores produtores: Indonésia, Mianmar e Sri Lanka.
·         Maiores importadores: Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Dinamarca, Emirados Árabes, EUA, Japão, Holanda, Itália e Reino Unido.
Referencia Bibliográfica 
Disponível em: http://www.ipef.br/identificacao/tectona.grandis.asp. Acesso em 5 de maio de 2012.

Tétano

O que é

É uma doença infecciosa, não contagiosa, altamente fatal, causada pela toxina de uma bactéria chamada Clostridium tetani, que entra no organismo através de uma lesão prévia. É caracterizada por rigidez muscular (tetania), podendo levar à morte por parada respiratória ou convulsões.
Os sinais clínicos ocorrem uma a três semanas após a infecção bacteriana. Em bovinos e ovinos os casos ocorrem após manejo como castração, descorna, tosa ou remoção da cauda, por falta de cuidados higiênicos.
Ao iniciar a doença deve ser administrado soro antitetânico na dose 100.000 UI por via intravenosa, repetindo quando necessário. Fornecer alimentação líquida e de fácil deglutição. Conservar o animal em abrigo isolado, escuro e sossegado.
Em bovinos, ovinos e caprinos somente os cuidados higiênicos após manejo de castração, descorna, tosquia, corte de cauda são suficientes para evitar a doença.

Acomete todos os animais de sangue quente, inclusive o homem. Pelo fato da doença, na maior parte dos casos, ser causada por contaminação de ferimentos (na pele e nas mucosas) por terra, é também chamada de “Doença Telúrica”, ou seja, originária da terra.
São particularmente sensíveis à doença os animais da espécie equina, mais sensíveis até que o homem. Os bovinos são os menos sensíveis à doença.
Ao penetrar através de um ferimento ou solução de continuidade da pele em um animal suscetível, o microorganismo permanece aguardando o momento em que ocorre a cicatrização, fechando o ferimento, criando então um ambiente de anaerobiose (falta de oxigenação) para se transformar em sua forma vegetativa. É nessa fase que tem início a secreção e liberação da potente toxina (veneno) pelo germe, sendo essa a responsável pelo desencadeamento dos sintomas da doença, a qual é denominada de Toxina Tetânica. Entre as toxinas mais potentes conhecidas, a tetânica só é superada pela Toxina Botulínica, secretada também por outro germe do mesmo grupo, o Clostridium botulinum.
Pode ocorrer em animais de qualquer idade e sexo. Em animais recém-nascidos, a doença ocorre geralmente pela contaminação do umbigo pelo C. tetani. Em humanos, antigamente, era a doença conhecida como “Mal dos Sete Dias”.


Como reconhecer
Os animais apresentam andar rígido com os membros em forma de cavalete, tremores musculares, trismo mandibular (impossibilidade de abrir a boca), prolapso da terceira pálpebra, rigidez da cauda, orelhas eretas (orelhas entesouradas, animal em estado de alerta), hiperexcitabilidade, rigidez dos músculos da cara e dificuldade ou impossibilidade para defecar e urinar. Podem ocorrer convulsões, inicialmente quando há estímulo por qualquer barulho e, posteriormente, de forma espontânea.
O diagnóstico de tétano é realizado, essencialmente, pelo exame clínico, pelos sintomas e pelos dados epidemiológicos (história recente de lesão acidental ou cirúrgica).


Como tratar 
Fazer drenagem e limpeza dos ferimentos com água oxigenada, infiltração de Penicilina G em torno da ferida e administração intramuscular de Penicilina G Potássica na dose de 25.000 UI/kg de peso, duas vezes ao dia até a cura do animal.
Fazer o uso de produtos relaxantes musculares.


Como evitar
Em equinos são necessários maiores cuidados, como: vacinação anual dos animais; uso de soro antitetânico antes de intervenções cirúrgicas ou depois de ferimentos que possam facilitar a infecção; evitar o contato das feridas profundas com terra ou qualquer sujeira, cuidados de assepsia do instrumento cirúrgico e da anti-sepsia das feridas, desinfetando-as, tão cedo quanto possível; eliminação de objetos pontiagudos que possam causar ferimentos acidentais.

HISTÓRIA
Conquanto o tétano e sua sintomatologia fossem conhecidas desde a antigüidade, sendo descrito por Hipócrates, sua causa continuou sendo um mistério até o século XIX.
As primeiras informações sobre a transmissão da doença foram feitas por Carle e Rattone, que, em 1884, a reproduziram em coelhos. No ano seguinte, Nicoleir reproduziu e confirmou aquelas pesquisas e observou nas feridas o agente do tétano, observando ainda que o mesmo bacilo esporulado podia encontrar-se na terra.
Tizzoni e Catani, em 1889, conseguiram isolar o bacilo do tétano em cultivo puro. Faber, em 1980, demonstrou a existência da toxina tetânica. No ano de 1892, Behring e Kitasato descobriram um método de imunização eficaz, com o toxóide ou toxina envelhecida, o que foi aperfeiçoado por Ramom e Descombey, em 1925, que detoxicaram a toxina pela ação do formol, denominando-a anatoxina.
Art. 116- RIISPOA: “É proibida a matança em comum de animais que no ato de inspeção ante-mortem, sejam suspeitos das seguintes zoonoses...


29/04/12