Introdução
O movimento modernista
no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de
1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação
do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para onazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para onazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade.
Mário de Andrade: Histórico
Quando eu morrer
quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos[...]
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos[...]
Cidade onde ele estudou música e cedo começou sua
carreira como crítico de arte, em jornais e revistas. Com 20 anos escreveu seu
primeiro livro, Há uma gota de sangue em
cada poema, onde ele fazia uma critica encima da
primeira guerra mundial, assim defendendo a paz.
Mário de Andrade, que no inicio de carreira
era denominado Mário Sobral, teve grande importância na implantação do
Modernismo no Brasil. Suas obras traziam características modernistas, que ele
gostava de dar destaque, em 1922, meses após a Semana, publicou o seu Prefácio interessantíssimo; e em 1925,
quando se articularam revistas e movimentos por todo o país, lançou o ensaio A escrava que não é Isaura, onde
demonstrava suas concepções iniciais sobre a arte moderna.
Autor modernista, que tinha uma frase como
lema “o passado é lição para se meditar e não para se reproduzir”, o que se
apresentava bem em suas obras, a conciliação do passado com o presente, assim
ganhando a consideração da visão critica sobre vários autores do passado.
Mário era um homem com muitos interesses,
tanto pela música, pelo folclore, pela antropologia, pela etnografia, pela
psicologia e por outras áreas do conhecimento humano.
Ele nunca saiu do Brasil, assim viajando por
este imenso país e aplicando as suas obras conhecimento adquiridos por cada
estado que passará, suas obras são recheadas de cultura brasileira, sendo assim
considerado um “turista aprendiz”, pois viajará pelo país em busca de
conhecimentos, como: poemas, canções populares, modinhas, ritmos, festas
religiosas e de folia, lendas e músicas indígenas, objetos de arte. Se
transformando no diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo,
foi também, professor universitário, sempre prestando serviços de grande valor
na área da cultura e da educação.
Mário de Andrade encarava sua intensa
atividade cultural como missão, ele queria ser útil no processo de reconstrução
de um Brasil que se trans formava social, política, econômica e culturalmente.
Ele morreu em São Paulo - SP em 25 de fevereiro de
1945, vitimado por um enfarte do miocárdio, em sua casa. Foi enterrado no
Cemitério da Consolação.
Obras publicadas por Mário de Andrade:
- Há uma gota de sangue em cada poema, 1917
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928 (uma de suas obras mais importantes)
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928 (uma de suas obras mais importantes)
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992
OSWALD DE ANDRADE
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São
Paulo em 1890. E viveu numa época em que São Paulo se despertava para a
industrialização e a tecnologia. Abria-se um novo mundo urbano, que Oswald logo
assimilaria fascinado: o bonde elétrico, o rádio, o cinema, a propaganda com
sua linguagem-síntese.
Oswald tinha 22 anos quando fez a primeira
de várias viagens à Europa (1912), onde entrou em contato com os movimentos
de vanguarda. Mas só depois de dez anos empregaria as técnicas desses
movimentos.
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Nenhum outro escritor do Modernismo ficou
mais conhecido pelo espírito irreverente e combativo do que Oswald de Andrade.
Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do
início do século. A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características
do Modernismo da primeira fase.
Em Pau-Brasil, põem em prática as propostas
do manifesto do mesmo nome. Na primeira parte do livro, "História do
Brasil", Oswald recupera documentos da nossa literatura de informação,
dando-lhe um vigor poético surpreendente.
Na segunda parte de Pau-Brasil - "Poemas
da colonização" -, o escritor revê alguns momentos de nossa época
colonial. O que mais chama a atenção nesses poemas é o poder de síntese do
autor. No Pau-Brasil há ainda a descrição da paisagem brasileira, de cenas do
cotidiano, além de poemas metalingüísticos.
Em 1937 publicou-se “O rei da vela”, peça que
focaliza a sociedade brasileira dos anos 30. Pelo seu caráter pouco
convencional, só foi levada a cena trinta anos depois, integrando o movimento
tropicalista.
OBRASHumor:
Revista “O Pirralho” — crônicas em português macarrônico sob o pseudônimo de Annibale Scipione (1912 — 1917)
Poesia:
Pau-Brasil (1925)
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927)
Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945)
O escaravelho de ouro (1946)
Romance:
A trilogia do exílio: I — Os condenados, II —A estrela de absinto, III — A escada vermelha (1922-1934)
Memórias sentimentais de João Miramar (1924)
Serafim Ponte Grande (1933)
Marco Zero: I - A revolução melancólica, II — Chão (1943).
Memórias: Um homem sem profissão (1954)
Teatro:
A recusa (1913)
Théâtre Brésilien — Mon coeur balance e Leur Âme (1916) (com Guilherme de Almeida)
O homem e o cavalo (1934)
A morta (1937);
O rei da vela (1937).
O rei floquinhos (1953)
Manifestos:
Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924)
Manifesto Antropófago (1928)
Manifesto Ordem e Progresso (1931)
Teses, artigos e conferências publicadas:
O meu poeta futurista (1921)
A Arcádia e a Inconfidência (1945)
A sátira na poesia brasileira (1945)
Versões e adaptações:
Filme “O homem do Pau-Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na vida de Oswald de Andrade (1980)
Filme “Oswaldinianas”. Formado por cinco episódios, dirigidos por Julio Bressane, Lucia Murat, Roberto Moreira, Inácio Zatz, Ricardo Dias e Rogério Sganzerla (1992)
Publicações póstumas:
A utopia antropofágica – Globo
Ponta de lança – Globo
O rei da vela – Globo
Pau Brasil – Obras completas – Globo
O santeiro do mangue e outros poemas – Globo
Obras completas – Um homem sem profissão – Memórias e confissões sob as ordens de mamãe – Globo
Telefonema – Globo
Dicionário de bolso – Globo
O perfeito cozinheiro das almas desse mundo – Globo
Os condenados – A trilogia do exílio – Globo
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade – Globo
Os dentes do dragão – Globo
Mon coeur balance – Le Âme - Globo
Dados obtidos no livro "O Salão e a Selva: uma biografia ilustrada de Oswald de Andrade", Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris - Campinas (SP), 1995, de Maria Eugenia Boaventura; no sítio Itaucultural e em outros sobre o biografado.
Conclusão
Concluí se que as obras de Oswald de Andrade
refletem na linguagem literária, pois não se adequava aos modelos de literatura
da época, sua obra original era repleta de humor e ironia. Incorporou à sua
obra os neologismos, a falta de padronização, além da linguagem coloquial,
citada anteriormente.
Suas principais obras são: Poesia
pau-brasil, Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade, Memórias
Sentimentais de João Miramar, Serafim Ponte Grande, Os condenados.
Já Mario de Andrade possuiu uma característica literária baseada na cultura
brasileira, por onde buscou conhecer cada uma delas pessoalmente, assim
colocando em suas obras, com um toque de humor. Alem disso, cativou vários
críticos literários, envolvendo suas obras num contesto histórico entre o
passado e a atualidade.
Referencia Bibliográfica
Disponível
em http://www.culturabrasil.pro.br/oswald.htm. Acesso em 10
de Maio de 2012.
Disponível
em http://www.releituras.com/oandrade_bio.asp. Acesso em 10 de
Maio de 2012.
CEREJA,
Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português, Linguagens 3. 7º edição.
Editora: SARAIVA. São Paulo, 2010. 416 p.
Imagem:
Disponível em: http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/biografias/mariodeandrade.jpg.
Acesso em 01 de maio de 2012.
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