Distimia

Características / Diagnóstico
Os traços essenciais da distimia são o estado depressivo leve e prolongado, além de outros sintomas comumente presentes. Pelo critério norte americano são necessários dois anos de período contínuo predominantemente depressivo para os adultos e um ano para as crianças sendo que para elas o humor pode ser irritável ao invés de depressivo. Para o diagnóstico da distimia é necessário antes excluir fases de exaltação do humor como a mania ou a hipomania, assim como a depressão maior. Causas externas também anulam o diagnóstico como as depressões causadas por substâncias exógenas. Durante essa fase de dois anos o paciente não deverá ter passado por um período superior a dois meses sem os sintomas depressivos. Para preencher o diagnóstico de depressão os pacientes além do sentimento de tristeza prolongado precisam apresentar dois dos seguintes sintomas:
  • Falta de apetite ou apetite em excesso
  • Insônia ou hipersonia
  • Falta de energia ou fadiga
  • Baixa da auto-estima
  • Dificuldade de concentrar-se ou tomar decisões
  • Sentimento de falta de esperança
Características associadas
Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica prejudicada bem como a agilidade mental. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite, do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade.
O fato de uma pessoa ter distimia não impede que ela desenvolva depressão: nesses casos denominamos a ocorrência de depressão dupla e quando acontece o paciente procura muitas vezes pela primeira vez o psiquiatra. Como a distimia não é suficiente para impedir o rendimento, apenas prejudicando-o, as pessoas não costumam ir ao médico, mas quando não conseguem fazer mais nada direito, vão ao médico e descobrem que têm distimia também.
Os pacientes que sofreram de distimia desde a infância ou adolescência tendem a acreditar que esse estado de humor é natural deles, faz parte do seu jeito de ser e por isso não procuram um médico, afinal, conseguem viver quase normalmente.
Idade
O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal. O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e partia após isso. Os estudos até o momento mostram que o tipo precoce é mais freqüente que o tardio. Por outro lado estudos com pessoas acima de 60 anos de idade mostram que a prevalência da distimia nessa faixa etária é alta, sendo maior nas mulheres. Os homens apresentam uma freqüência de 17,2% de distimia enquanto as mulheres apresentam uma prevalência de 22,9%. Outro estudo também com pessoas acima de 60 anos de idade mostrou que a idade média de início da distimia foi de 55,4 anos de idade e o tempo médio de duração da distimia de 12,5 anos.
A comparação da distimia em pessoas com mais de 60 anos e entre 18 e 59 anos revelou poucas diferenças, os sintomas mais comuns são basicamente os mesmos. Os mais velhos apresentaram mais queixas físicas enquanto os mais novos mais queixas mentais.
Curso
A distimia começa sempre de forma muito gradual, nem um psiquiatra poderá ter certeza se um paciente está ou não adquirindo distimia. O diagnóstico preciso só pode ser feito depois que o problema está instalado. O próprio paciente tem dificuldade para determinar quando seu problema começou, a imprecisão gira em torno de meses a anos. Como na maioria das vezes a distimia começa no início da idade adulta a maioria dos pacientes tende a julgar que seu problema é constitucional, ou seja, faz parte do seu ser e não que possa ser um transtorno mental, tratável. Os estudos e os livros não falam a respeito de remissão espontânea. Isso tanto é devido a poucas pesquisas na área, como a provável não remissão. Por enquanto as informações nos levam a crer que a distimia tenda a permanecer indefinidamente nos pacientes quando não tratada.
Tratamento
Os tratamentos com antidepressivos tricíclicos nunca se mostraram satisfatórios, as novas gerações, no entanto, vem apresentando melhores resultados no uso prolongado. Os relatos mais freqüentes são de sucesso no uso da fluoxetina,sertralinaparoxetina e mirtazapina.



http://www.psicosite.com.br/tra/hum/distimia.htm
Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 03 Liv 17 Liv 13
 Psychiatry Research 2001; 103:219-228
Clinical Features of Dysthymia and Age
Silvio Bellino

Nazismo na Alemanha

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Mario de Andrade E Oswald de Andrade


Introdução
O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.

Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para onazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade.

Mário de Andrade: Histórico

Mário Raul de Moraes Andrade nasceu no dia 9 de outubro de 1893, filho de Carlos Augusto de Moraes Andrade e Maria Luísa Leite Moraes Andrade; na Rua Aurora, 320, em São Paulo - SP. Cidade que muito se orgulha, assim sendo retratada em varias obras, como o no poema “Quando eu Morrer:
Quando eu morrer quero ficar, 
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade, 
Saudade. 
Meus pés enterrem na rua Aurora, 
No Paissandu deixem meu sexo, 
Na Lopes Chaves a cabeça 
Esqueçam. 
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano: 
Um coração vivo e um defunto 
Bem juntos[...]
Cidade onde ele estudou música e cedo começou sua carreira como crítico de arte, em jornais e revistas. Com 20 anos escreveu seu primeiro livro, Há uma gota de sangue em cada poema, onde ele fazia uma critica encima da primeira guerra mundial, assim defendendo a paz.
Mário de Andrade, que no inicio de carreira era denominado Mário Sobral, teve grande importância na implantação do Modernismo no Brasil. Suas obras traziam características modernistas, que ele gostava de dar destaque, em 1922, meses após a Semana, publicou o seu Prefácio interessantíssimo; e em 1925, quando se articularam revistas e movimentos por todo o país, lançou o ensaio A escrava que não é Isaura, onde demonstrava suas concepções iniciais sobre a arte moderna.
Autor modernista, que tinha uma frase como lema “o passado é lição para se meditar e não para se reproduzir”, o que se apresentava bem em suas obras, a conciliação do passado com o presente, assim ganhando a consideração da visão critica sobre vários autores do passado.
Mário era um homem com muitos interesses, tanto pela música, pelo folclore, pela antropologia, pela etnografia, pela psicologia e por outras áreas do conhecimento humano.
Ele nunca saiu do Brasil, assim viajando por este imenso país e aplicando as suas obras conhecimento adquiridos por cada estado que passará, suas obras são recheadas de cultura brasileira, sendo assim considerado um “turista aprendiz”, pois viajará pelo país em busca de conhecimentos, como: poemas, canções populares, modinhas, ritmos, festas religiosas e de folia, lendas e músicas indígenas, objetos de arte. Se transformando no diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, foi também, professor universitário, sempre prestando serviços de grande valor na área da cultura e da educação.
Mário de Andrade encarava sua intensa atividade cultural como missão, ele queria ser útil no processo de reconstrução de um Brasil que se trans formava social, política, econômica e culturalmente.
Ele morreu em São Paulo - SP em 25 de fevereiro de 1945, vitimado por um enfarte do miocárdio, em sua casa. Foi enterrado no Cemitério da Consolação.
Obras publicadas por Mário de Andrade:
Há uma gota de sangue em cada poema, 1917
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928 (uma de suas obras mais importantes)
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar  Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992

OSWALD DE ANDRADE
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo em 1890. E viveu numa época em que São Paulo se despertava para a industrialização e a tecnologia. Abria-se um novo mundo urbano, que Oswald logo assimilaria fascinado: o bonde elétrico, o rádio, o cinema, a propaganda com sua linguagem-síntese.
Oswald tinha 22 anos quando fez a primeira de várias viagens à Europa (1912), onde entrou em contato com os movimentos de vanguarda. Mas só depois de dez anos empregaria as técnicas desses movimentos.
Nenhum outro escritor do Modernismo ficou mais conhecido pelo espírito irreverente e combativo do que Oswald de Andrade. Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do início do século. A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características do Modernismo da primeira fase.
Em Pau-Brasil, põem em prática as propostas do manifesto do mesmo nome. Na primeira parte do livro, "História do Brasil", Oswald recupera documentos da nossa literatura de informação, dando-lhe um vigor poético surpreendente.
Na segunda parte de Pau-Brasil - "Poemas da colonização" -, o escritor revê alguns momentos de nossa época colonial. O que mais chama a atenção nesses poemas é o poder de síntese do autor. No Pau-Brasil há ainda a descrição da paisagem brasileira, de cenas do cotidiano, além de poemas metalingüísticos.
Em 1937 publicou-se “O rei da vela”, peça que focaliza a sociedade brasileira dos anos 30. Pelo seu caráter pouco convencional, só foi levada a cena trinta anos depois, integrando o movimento tropicalista.
OBRAS
Humor:

Revista “O Pirralho” — crônicas em português macarrônico sob o pseudônimo de Annibale Scipione (1912 — 1917)


Poesia:

Pau-Brasil (1925)

Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927)

Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945)

O escaravelho de ouro (1946)


Romance:

A trilogia do exílio: I — Os condenados, II —A estrela de absinto, III — A escada vermelha (1922-1934)

Memórias sentimentais de João Miramar (1924)

Serafim Ponte Grande (1933)

Marco Zero: I - A revolução melancólica, II — Chão (1943).

Memórias: Um homem sem profissão (1954)


Teatro:

A recusa (1913)

Théâtre Brésilien — Mon coeur balance e Leur Âme (1916) (com Guilherme de Almeida)

O homem e o cavalo (1934)

A morta (1937);

O rei da vela (1937).

O rei floquinhos (1953)


Manifestos:


Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924)

Manifesto Antropófago (1928)

Manifesto Ordem e Progresso (1931)

Teses, artigos e conferências publicadas:

O meu poeta futurista (1921)

A Arcádia e a Inconfidência (1945)

A sátira na poesia brasileira (1945)


Versões e adaptações:


Filme “O homem do Pau-Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na vida de Oswald de Andrade (1980)

Filme “Oswaldinianas”. Formado por cinco episódios, dirigidos por Julio Bressane, Lucia Murat, Roberto Moreira, Inácio Zatz, Ricardo Dias e Rogério Sganzerla (1992)


Publicações póstumas:


A utopia antropofágica – Globo

Ponta de lança – Globo

O rei da vela – Globo

Pau Brasil – Obras completas – Globo

O santeiro do mangue e outros poemas – Globo

Obras completas – Um homem sem profissão – Memórias e confissões sob as ordens de mamãe – Globo

Telefonema – Globo

Dicionário de bolso – Globo

O perfeito cozinheiro das almas desse mundo – Globo

Os condenados – A trilogia do exílio – Globo

Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade – Globo

Os dentes do dragão – Globo

Mon coeur balance – Le Âme - Globo


Dados obtidos no livro "O Salão e a Selva: uma biografia ilustrada de Oswald de Andrade", Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris - Campinas (SP), 1995, de Maria Eugenia Boaventura; no sítio Itaucultural e em outros sobre o biografado.


Conclusão

Concluí se que as obras de Oswald de Andrade refletem na linguagem literária, pois não se adequava aos modelos de literatura da época, sua obra original era repleta de humor e ironia. Incorporou à sua obra os neologismos, a falta de padronização, além da linguagem coloquial, citada anteriormente.
Suas principais obras são: Poesia pau-brasil, Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade, Memórias Sentimentais de João Miramar, Serafim Ponte Grande, Os condenados.
Já Mario de Andrade possuiu uma característica literária baseada na cultura brasileira, por onde buscou conhecer cada uma delas pessoalmente, assim colocando em suas obras, com um toque de humor. Alem disso, cativou vários críticos literários, envolvendo suas obras num contesto histórico entre o passado e a atualidade. 

Referencia Bibliográfica
Disponível em: http://www.releituras.com/marioandrade_bio.asp. Acesso em 18 de abril de 2012.
Disponível em http://www.culturabrasil.pro.br/oswald.htm. Acesso em 10 de Maio de 2012.
Disponível em http://www.releituras.com/oandrade_bio.asp. Acesso em 10 de Maio de 2012.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português, Linguagens 3. 7º edição. Editora: SARAIVA. São Paulo, 2010. 416 p.
Imagem:
 Disponível em: http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/biografias/mariodeandrade.jpg. Acesso em 01 de maio de 2012. 

Tectona grandis (Teca)


Tectona grandis (Teca)
       A teca é uma árvore de grande porte, nativa das florestas tropicais no subcontinente índico e no sudeste asiático, principalmente na Índia, Burma, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Java. A teca é uma espécie de alta adaptabilidade, ocorrendo em áreas com precipitação anual de 800 a 2500 mm, e temperaturas extremas de 2°a 42°C, porém não resiste à geada. Devido a sua dispersão geográfica e à variedade de ambientes onde ocorre naturalmente.
Ela é cultivada desde o século XVIII, quando havia grade demanda de madeira para construção naval. Cultura tradicional no sul da Ásia, onde é cultivada em grande escala. Atualmente, a área mundial plantada excede os 3 milhões de hectares, sendo os maiores produtores os países asiáticos, e outros países tropicais, como: Togo, Camarões, Zaire, Nigéria, Trinidad, Honduras e Brasil, possuem produção inferior.
Apesar de somente poder ser cultivada em regiões tropicais, a madeira é muito procurada no continente europeu. Por portar uma madeira de alta qualidade e pela sua rusticidade, ela se torna muito apreciada mundialmente.
Informações Botânicas
Tectona grandis L.f. pertence à família botânica Verbenaceae. As folhas são coriáceas e medem de 30 a 60 cm de comprimento por 20 a 35 cm de largura. Os limbos são largos e elípticos, glabros na face superior e tomentosos na face inferior.
As flores são pequenas, de coloração branco-amarelada e se dispõem em panículas de até 40 x 35 cm.
Os frutos são do tipo drupa, cilíndricos, de cor marrom, com diâmetro de aproximadamente 1 cm, apresentando quatro cavidades, onde se encontram as sementes (uma por cavidade), mas nem todas germinam. A primeira frutificação ocorre aos 5 ou 6 anos de idade.
A árvore pode atingir de 25 a 35m (raramente acima de 45m) de altura e diâmetro de 100 cm ou mais. O tronco é revestido por uma casca espessa, reto e resistente ao fogo. Perde as folhas durante a estação seca, pois se trata de uma essência caducifólia.
A Madeira
O alburno é estreito e claro. Essa beleza peculiar faz da teca uma madeira muito procurada para decoração de interiores luxuosos e mobiliários fino.
Além do efeito decorativo, também pode ser utilizada, para: construção naval, laminação e compensados, lenha e carvão vegetal.
A densidade média da teca é 0,65g/cm³ e, apesar de ser leve, apresenta boa resistência a peso, tração e flexão, semelhante ao mogno brasileiro.
A madeira é estável; praticamente não tem alteração durante a secagem. A estabilidade permite que a madeira resista à variação de umidade no ambiente.
Ela apresenta boa durabilidade. Não havendo muitos registros sobre o ataque de pragas que possam comprometer o plantio. Essa durabilidade convém da tectoquinono, que é um preservativo natural das células da madeira.
Tanto alburno, quanto cerne contém uma substância semelhante a um látex, denominado caucho, que reduz a absorção de água e lubrifica as superfícies.
Em todos os países onde a teca é explorada, toda a madeira é aproveitada. Sendo utilizadas para a fabricação de móveis, portas, decoração interna e também na produção dos mais diversos utensílios. A madeira de pequeno diâmetro é usada na edificação de construções rústicas, como vigamento, esteio ou madeiramento do telhado.
Plantio
Planta de clima tropical úmido, caracterizado por verão chuvoso e inverno seco. Deve-se atentar para os seguintes fatores:
·         Precipitação anual entre 1200 e 2500 mm.
·         Período seco de 3 a 5 meses, coincidente com o período de temperaturas mais amenas. A qualidade da madeira depende desse período seco.
·         A temperatura média anual deve estar acima de 22°C. O melhor crescimento das mudas de teca ocorrem quando as temperaturas diurnas variam entre 27°e 36°C e noturnas entre 22°e 31°C.
A teca é exigente de um solo fértil e com profundidade de mais de 1,5 metros, permeável, bem drenado e com capacidade média a alta de retenção de água. Os solos de textura média são os mais indicados. Seu melhor desenvolvimento está relacionado à riqueza dos nutrientes, matéria orgânica e pH próximo da neutralidade.
Os terrenos de declividade alta devem ser evitados, por causa da erosão. Caso estes sejam utilizados, recomenda-se a construção de obras de conservação de solo (curvas de nível e terraços) e o uso das técnicas de cultivo mínimo.
Produção de Mudas
Produção de mudas por frutos, deve-se observar a qualidade do lote dos frutos. Os frutos de teca colocados imersos em água corrente por 24 a 48 horas deixa a germinação uniforme. Na sementeira o melhor substrato é a areia com terra orgânica e a temperatura ótima é alcançada cobrindo-se a sementeira com lona plástica preta por 96 horas. As plântulas germinadas são então repicadas para saquinhos plásticos ou tubetes, estando prontas para plantio entre 3 a 4 meses.
 Outra alternativa é por raiz nua, conhecida com “muda-toco”, que consiste em 10 cm da raiz pivotante e 2 cm do caule. Podendo ser transplantada para recipientes individuais ou ser plantada diretamente no campo. Apresenta a desvantagem de ter tempo maior para produção de mudas, com um período de 4 a 11 meses.
Produtividade:
Os dados que seguem são referentes a plantios realizados em condições adequadas de cultivo (solo, clima, qualidade de semente etc.):
·         A produtividade média, no ciclo recomendado para produção de madeira comercial, situa-se entre 10 a 15 m³/ha/ano, totalizando de 250 a 350 m³/ha ao.longo de 25 anos e num regime com 4 desbastes;
·         De 50 a 60% da produção total é colhido no corte final; esse volume corresponde a valores entre 150 e 230m³/ha.
·         A madeira do primeiro desbaste é considerada não-comercial, porém tem aplicações no meio rural, podendo gerar receita significativa.
·         Os custos de implantação e manutenção são amortizados nos segundo e terceiro desbastes.
·         O quarto desbaste e o corte final concentram o resultado econômico do do reflorestamento com Teca.
·         Atualmente, o preço FOB do metro cúbico de madeira de teca comercial varia de US$ 400 a US$ 3000, dependendo da qualidade de madeira (com ou sem nós) e bitola das toras.
Exploração da Teca no Brasil:
Foi nas terras do Mato Grosso, e recentemente, que começou a exploração comercial de teca no país. Embora a planta tenha sido trazida para o Brasil no início do século 19 pelos portugueses, somente em 1971 uma empresa começou a explorá-la. Pioneira no cultivo, a Cáceres Agro florestal, no município do mesmo nome, começa a colher hoje, passada quase 32 anos, os lucros de uma espera paciente. Com uma produção de 6 mil metros cúbicos anuais em 1.400 hectares, a empresa já exporta toras para a Ásia. Segundo especialistas, em 25 anos a rentabilidade de cada hectare pode chegar a 50 mil dólares.

Mercado
A produção mundial é de, aproximadamente, 3 milhões de metros cúbicos por ano, sendo que a maior parcela é consumida pelo mercado interno dos países produtores. O mercado internacional consome cerca de 500 mil metros cúbicos, mas a oferta ainda é muito menor que a demanda.
O mercado brasileiro também é visto como um grande potencial de consumo, assim como de produção. Afinal, o Brasil possui áreas adequadas para plantio de teca e uma floresta tropical para preservar.
Como é o Mercado ?
·         Maiores produtores: Indonésia, Mianmar e Sri Lanka.
·         Maiores importadores: Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Dinamarca, Emirados Árabes, EUA, Japão, Holanda, Itália e Reino Unido.
Referencia Bibliográfica 
Disponível em: http://www.ipef.br/identificacao/tectona.grandis.asp. Acesso em 5 de maio de 2012.

Tétano

O que é

É uma doença infecciosa, não contagiosa, altamente fatal, causada pela toxina de uma bactéria chamada Clostridium tetani, que entra no organismo através de uma lesão prévia. É caracterizada por rigidez muscular (tetania), podendo levar à morte por parada respiratória ou convulsões.
Os sinais clínicos ocorrem uma a três semanas após a infecção bacteriana. Em bovinos e ovinos os casos ocorrem após manejo como castração, descorna, tosa ou remoção da cauda, por falta de cuidados higiênicos.
Ao iniciar a doença deve ser administrado soro antitetânico na dose 100.000 UI por via intravenosa, repetindo quando necessário. Fornecer alimentação líquida e de fácil deglutição. Conservar o animal em abrigo isolado, escuro e sossegado.
Em bovinos, ovinos e caprinos somente os cuidados higiênicos após manejo de castração, descorna, tosquia, corte de cauda são suficientes para evitar a doença.

Acomete todos os animais de sangue quente, inclusive o homem. Pelo fato da doença, na maior parte dos casos, ser causada por contaminação de ferimentos (na pele e nas mucosas) por terra, é também chamada de “Doença Telúrica”, ou seja, originária da terra.
São particularmente sensíveis à doença os animais da espécie equina, mais sensíveis até que o homem. Os bovinos são os menos sensíveis à doença.
Ao penetrar através de um ferimento ou solução de continuidade da pele em um animal suscetível, o microorganismo permanece aguardando o momento em que ocorre a cicatrização, fechando o ferimento, criando então um ambiente de anaerobiose (falta de oxigenação) para se transformar em sua forma vegetativa. É nessa fase que tem início a secreção e liberação da potente toxina (veneno) pelo germe, sendo essa a responsável pelo desencadeamento dos sintomas da doença, a qual é denominada de Toxina Tetânica. Entre as toxinas mais potentes conhecidas, a tetânica só é superada pela Toxina Botulínica, secretada também por outro germe do mesmo grupo, o Clostridium botulinum.
Pode ocorrer em animais de qualquer idade e sexo. Em animais recém-nascidos, a doença ocorre geralmente pela contaminação do umbigo pelo C. tetani. Em humanos, antigamente, era a doença conhecida como “Mal dos Sete Dias”.


Como reconhecer
Os animais apresentam andar rígido com os membros em forma de cavalete, tremores musculares, trismo mandibular (impossibilidade de abrir a boca), prolapso da terceira pálpebra, rigidez da cauda, orelhas eretas (orelhas entesouradas, animal em estado de alerta), hiperexcitabilidade, rigidez dos músculos da cara e dificuldade ou impossibilidade para defecar e urinar. Podem ocorrer convulsões, inicialmente quando há estímulo por qualquer barulho e, posteriormente, de forma espontânea.
O diagnóstico de tétano é realizado, essencialmente, pelo exame clínico, pelos sintomas e pelos dados epidemiológicos (história recente de lesão acidental ou cirúrgica).


Como tratar 
Fazer drenagem e limpeza dos ferimentos com água oxigenada, infiltração de Penicilina G em torno da ferida e administração intramuscular de Penicilina G Potássica na dose de 25.000 UI/kg de peso, duas vezes ao dia até a cura do animal.
Fazer o uso de produtos relaxantes musculares.


Como evitar
Em equinos são necessários maiores cuidados, como: vacinação anual dos animais; uso de soro antitetânico antes de intervenções cirúrgicas ou depois de ferimentos que possam facilitar a infecção; evitar o contato das feridas profundas com terra ou qualquer sujeira, cuidados de assepsia do instrumento cirúrgico e da anti-sepsia das feridas, desinfetando-as, tão cedo quanto possível; eliminação de objetos pontiagudos que possam causar ferimentos acidentais.

HISTÓRIA
Conquanto o tétano e sua sintomatologia fossem conhecidas desde a antigüidade, sendo descrito por Hipócrates, sua causa continuou sendo um mistério até o século XIX.
As primeiras informações sobre a transmissão da doença foram feitas por Carle e Rattone, que, em 1884, a reproduziram em coelhos. No ano seguinte, Nicoleir reproduziu e confirmou aquelas pesquisas e observou nas feridas o agente do tétano, observando ainda que o mesmo bacilo esporulado podia encontrar-se na terra.
Tizzoni e Catani, em 1889, conseguiram isolar o bacilo do tétano em cultivo puro. Faber, em 1980, demonstrou a existência da toxina tetânica. No ano de 1892, Behring e Kitasato descobriram um método de imunização eficaz, com o toxóide ou toxina envelhecida, o que foi aperfeiçoado por Ramom e Descombey, em 1925, que detoxicaram a toxina pela ação do formol, denominando-a anatoxina.
Art. 116- RIISPOA: “É proibida a matança em comum de animais que no ato de inspeção ante-mortem, sejam suspeitos das seguintes zoonoses...


29/04/12

Qualidade do leite

Introdução


A qualidade do leite é um tema da maior importância para produtores leiteiros da Zona Bragantina. Sabe-se que a principal razão do baixo consumo dos produtos lácteos produzidos nessa região é a desconfiança dos consumidores com respeito à qualidade. Estudos recentes efetuados por Vieira et al. 2001a, deram conta que a qualidade físico-química do leite estava dentro dos limites aceitáveis. Já a qualidade microbiológica foi questionável, necessitando se fazer um trabalho de conscientização junto aos produtores, para melhorar as condições higiênico-sanitárias dos sistemas de produção.
Conforme o Programa Nacional da Qualidade do Leite, as normas restritas de qualidade deveriam ser implementadas na Região Norte, em julho de 2004. Isso iria exigir um grande esforço de todo o setor para se ajustar à legislação e poder participar do mercado cada vez mais exigente.




Qualidade do leite
A qualidade do leite é muito importante para as indústrias e produtores, tendo em vista sua grande influência nos hábitos de consumo e na produção de derivados. Por isso, é necessário conhecer alguns conceitos sobre a qualidade do leite, referentes à composição e condição higiênico-sanitária.
Ao levar a sua matéria-prima a um centro processador ou industrial, o produtor tem o seu leite submetido a testes de avaliação, para verificar a sua qualidade. São efetuadas análises, conforme as normas vigentes, visando garantir produtos com o menor risco possível para a população. A qualidade do leite é definida pelos seguintes critérios:

Constituição físico-química
Na composição do leite, constam a parte úmida, representada pela água, e a parte sólida, representada por dois grupos de componentes: o extrato seco total e o extrato seco desengordurado.
Extrato seco total - É representado pela gordura, açúcar, proteínas e sais minerais. Quanto maior esse componente no leite, maior será o rendimento dos produtos.
Extrato seco desengordurado - Compreende todos os componentes, menos a gordura (leite desnatado). Por lei, o produtor não pode fazer a remessa dessa fração do leite para a indústria. Apenas as indústrias podem manejá-la, por meio de desnatadeiras, destinando-a à fabricação de leite em pó, leite condensado, doces, iogurtes e queijos magros.
Gordura - É o componente mais importante do leite. O leite enviado à indústria deve conter, no mínimo, 3% de gordura. Na indústria, a gordura dá origem à manteiga, sendo o seu teor responsável pelo diferencial no preço do leite pago ao produtor.
Água - Maior componente do leite, em volume. Há cerca de 88% de água no leite. Se, de alguma forma, água for adicionada ao leite, o peso do produto será alterado sensivelmente. Logo, isso constitui uma fraude.

Densidade
É a relação entre peso e volume. Assim, um litro de leite normal pesa de 1.028 a 1.033 gramas. Abaixo ou acima desse intervalo, o leite pode ter a sua qualidade comprometida e ser recusado pelas indústrias. Deve-se considerar que um leite com um alto teor de gordura, como por exemplo, acima de 4,5%, terá provavelmente uma densidade abaixo de 1.028 gramas. Para evitar fraudes por aguagem, a densidade do leite é medida, diariamente, na indústria.

Fatores que afetam a qualidade do leite
Para a manutenção dos níveis adequados dos componentes do leite, é necessária uma ração balanceada, rica em carboidratos, aminoácidos essenciais e proteína de alta qualidade. Também, afetam a composição do leite a raça do animal, a freqüência de ordenha e a maneira de ordenhar.

Alimentação
Uma alimentação sadia e abundante é necessária para o funcionamento da glândula mamária e a síntese de todas as substâncias que vão auxiliar a formação do leite. Quando se ministra uma ração equilibrada, a composição do leite não é alterada.





Raça do gado
A raça influencia o volume de leite produzido e a riqueza em gordura. A raça holandesa, por exemplo, tende a produzir mais leite, enquanto que as raças Jersey e Guernesey produzem mais leite e gordura.





Ordenha
O componente do leite mais sensível ao manejo da ordenha é a gordura.



Manejo do bezerro
No início da ordenha, o leite é sempre mais ralo, aumentando o teor de gordura à medida que se aproxima do final. Isso ocorre porque a gordura, por ser mais leve, tende a ficar na superfície do úbere. Então, se o bezerro mama no final, ele tem acesso a um leite melhor. Do ponto de vista comercial do leite, é melhor que a cria mame no início da ordenha, por um tempo suficiente para seu sustento.

Ordem da ordenha
A primeira ordenha produz um maior volume de leite com menor teor de gordura. Ao contrário, na segunda ordenha, o leite é rico em gordura e a produção diminui. O descanso noturno promove a quantidade de leite e os exercícios diurnos favorecem a formação de gordura.

Avaliação higiênico-sanitária do leite
O direito do consumidor em adquirir um produto digno de confiança é considerado uma conquista do cidadão. Neste item, abordam-se os cuidados com a matéria-prima, desde a fonte de produção e o caminho por ela percorrido, até a plataforma de recepção da indústria. Nessa ocasião, algumas análises obrigatórias são feitas para avaliação da qualidade higiênico-sanitária do leite, tais como a acidez, prova do álcool-alizarol, prova de redutase do azul de metileno e outras complementares, como a contagem total de bactérias.

Acidez do leite
Ao ser ordenhado, o leite não apresenta nenhuma fermentação. Depois de algum tempo, com a ação da temperatura e com a perda dos inibidores naturais, o leite passa a produzir um tipo de fermento que é medido pela acidez. Portanto, é atribuída à acidez a perda do leite do produtor nas usinas, quando a fermentação produzida ultrapassa a 1,8 gramas por litro de leite, que é igual 18o D (18 graus Dornic).

Prova do álcool-alizarol
Essa análise não mede exatamente a acidez do leite, mas sim, verifica sua tendência a coagular. O leite que coagula nessa prova não resiste ao calor, portanto, não pode ser misturado aos demais.

Teste de redutase do azul de metileno (TRAM)
Nesta prova avalia-se a atividade das bactérias presentes no leite, por meio de um corante. Quanto mais rápido for o tempo de descoloração do corante de azul para branco, maior é o numero de micróbios existentes. No Brasil, o leite é aceito quando a descoloração ocorre a partir de duas horas e trinta minutos. Esse teste classifica o leite brasileiro nos tipos A, B e C.

Contagem total de bactérias
É um método mais preciso que determina, com precisão, o número de bactérias existente no leite. Para o leite tipo C, mais comumente produzido no Brasil, é utilizado como um controle complementar da qualidade do leite.

Recomendações práticas
A qualidade do leite cru está relacionada ao número inicial de bactérias no úbere do animal e no ambiente externo, no ato da ordenha. Um leite é de boa qualidade quando, ao sair do úbere do animal, contém aproximadamente de 1.500 a 2.500 bactérias por cm3 (Vargas, 1976). Portanto, para que o leite atenda às exigências higiênico-sanitárias, algumas práticas têm que ser observadas, levando em consideração o animal, o material de coleta, que entra em contato diretamente com o leite, o ambiente geral e o ordenhador, conforme as recomendações a seguir.

Local de ordenha
Deve ser bem arejado, com acomodações adequadas ao serviço, permitindo uma higiene completa. Pelo menos, as salas de ordenha devem dispor de piso cimentado e água em abundância para a higiene dos animais e dos ordenhadores.

Cuidados com o animal
Para produzir leite de boa qualidade, os animais devem estar em boas condições sanitárias. As vacas devem estar vacinadas contra brucelose e febre aftosa, e terem aparados os pêlos da cauda e das proximidades do úbere, pois constituem os maiores propagadores de microrganismos. Recomenda-se que as vacas sejam lavadas diariamente e, no momento da ordenha, os úberes sejam higienizados com água limpa e enxutos com pano, de preferência, de cor branca. As vacas portadoras de mamite ou mastite devem ser ordenhadas por último. O leite dos animais doentes só poderá ser aproveitado após o tratamento e assegurada a sua cura. A ordenha deve ser completa e, de preferência, deve-se deixar o bezerro mamar no início.

O leite colostro
Após o parto, durante 8 a 10 dias, a vaca secreta um líquido de cor amarelada, de sabor ácido e densidade alta, que coagula ao ser fervido e na prova do álcool-alizarol. É o leite colostro, que deve ser utilizado apenas pela cria, por conter substâncias essenciais à saúde e favorecer a eliminação das primeiras fezes. Esse tipo de leite não deve ser misturado ao leite normal, por ser de fácil deterioração.

Ordenhador
Deve ter boa saúde, trabalhar com roupas e mãos limpas, usar botas e boné, manter as unhas aparadas e os cabelos curtos, e evitar fumar ou cuspir no chão, durante a ordenha. Esse trabalhador deve limitar-se somente à ordenha das vacas. Outras tarefas como conduzir, apartar e pear os animais, raspar e lavar o piso devem ser realizadas por um auxiliar. Deve ser bem treinado para a sua função e conhecer a importância da qualidade do leite na saúde humana.

Utensílios
Quando não devidamente higienizados, os baldes, latões, coadores e outros objetos que entram em contato com a matéria-prima são os principais responsáveis pela baixa qualidade do leite. Por exemplo, um mangote ou um latão mal lavado pode introduzir até nove milhões de bactérias por cada cm3 de leite (Feijó et al. 2002). Após o uso, os utensílios devem ser lavados e esterilizados com uma solução simples, contendo água sanitária, à base de 12 ml (uma colher de sopa), por litro de água. Após a limpeza, os utensílios devem ser colocados de boca para baixo, sobre um estrado de madeira.

Ordenha
Geralmente é nessa operação que o leite é contaminado. Portanto, o ordenhador deve tomar muito cuidado, pois maior parte da contaminação é de origem externa. A seguir, tratam-se de alguns pontos importantes da ordenha.

Primeiros jatos de leite - É importante a dispensa dos primeiros três ou quatro jatos de leite, pois à noite, ao deitar-se, o animal encosta as tetas no solo, possibilitando que microrganismos penetrem pelos canais das tetas. Contudo, se o bezerro mama antes da ordenha, ele já executa essa tarefa. Adicionalmente, é necessário fazer a limpeza das tetas dos animais com um pano úmido, para a retirada da espuma contaminada, deixada pelo bezerro.

Esgotamento total do leite - A ordenha termina com o esgotamento completo de todo o leite do úbere, cuidado essencial para a conservação desse órgão e o bom aproveitamento da gordura, que começa diluída no início da ordenha e vai engrossando, progressivamente, até o final.

Utilização de baldes de boca estreita - Durante a ordenha, partículas sujas aderentes ao pêlo do animal soltam-se e podem contaminar o leite. Essas partículas são esterco, pêlos, terra etc. Estudos têm mostrado a eficiência do uso de baldes de boca estreita, na qualidade do leite: ordenha com baldes de boca estreita resultou em menos bactérias (29.263 por cm3) que baldes de boca larga (87.380 por cm3) (Furtado, 1979).

Cuidados com o leite após a ordenha - Ao sair do úbere do animal, o leite está na temperatura ideal para a proliferação de bactérias. À medida que o leite for sendo ordenhado, deve ser filtrado em coadores próprios de tela fina. Na região, a prática mais comum de conservação do leite, antes do transporte à usina de beneficiamento, é mantê-lo sob um abrigo rústico para proteger do sol. No entanto, o resfriamento, à temperatura de 4oC a 7ºC, num espaço de tempo de 2 horas, é o procedimento mais eficaz para a sua conservação.










Referencia bibliográfica






Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/GadoLeiteiroZonaBragantina/paginas/qualidade.htm . Acesso em 15 de maio de 2012.