Sericultura - Bicho da seda


- O que é sericultura?
 A sericicultura é a arte de criação do bicho-da-seda e está intimamente relacionada com a cultura da amoreira e criação do bicho-da-seda (casulo) que dará origem ao fio de seda.

- Classificação filogenético
REINO Animalia
FILO Arthropoda
CLASSE Insecta
SUPERORDEM Amphiesmenoptera
ORDEM Lepidoptera
SUBORDEM Glossata
SUPERFAMÍLIA Bombycoidea
FAMÍLIA Bombycidae
GÊNERO Bombyx
ESPÉCIE Bombyx mori 

- Economia (mercado; investimentos/retorno; preço e etc)

 INVESTIMENTO INICIAL: em torno de 45 reais a caixa com 33 mil lagartas, além da formação do amoreiral e construção do galpão.

RETORNO: safra de 70 quilos pode render 500 reais~

- Distribuição geografica
 De acordo com a distribuição geográfica, o bicho-da-seda é identificado como de origem Japonesa, Chinesa, Europeia ou Indiana.
O bicho-da-seda é a larva de uma espécie de mariposa (Bombyx mori) usada na produção de fios de seda. Este insecto é nativo do Norte da China mas encontra-se actualmente distribuído por todo o mundo em quintas de produção de seda, denominada sericicultura.

- Historico da seda
 Existem muitas lendas em torno da seda, uma delas é de que foi descoberta, por acaso, por uma rainha chinesa. Quando tomava chá embaixo de uma amoreira, nos arredores do seu palácio, um casulo caiu dentro de sua xícara de chá fervendo e soltou um fio. Assim, estava descoberta a seda. Na cultura chinesa, a imperatriz Hsi Ling Shi é venerada como deusa da seda. Ela teria inventado o tear utilizado na produção de seda. No Império Romano, o tecido era muito apreciado valendo seu peso em ouro.
A indústria da seda existe na china há mais de 5 mil anos e foi mantida em segredo durante muito tempo. Segundo a história, os ovos do bicho-da-seda foram levados para a Europa no inicio da era cristã, por dois monges. Através dos anos, os criadores (sericultores) selecionaram as melhores espécies de bichos-da-seda.
No Brasil, a seda foi introduzida no século XIX durante o reinado de dom Pedro I, no município de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Ali, foi instalada a primeira indústria de seda nacional, a Imperial Companhia Seropédica Fluminense.

- Ciclo de vida do Bicho da seda
 
O B. mori apresenta um ciclo de vida típico de Lepidoptera, com quatro estadios distintos: ovos, lagartas, pupa e adulto, e finalizando com a metamorfose, as lagartas passam por cinco estadios que é classificado em 1a, 2a, 3a,4a e 5a idade. O bicho da seda tem uma dieta herbívora, alimentando-se basicamente de folhas de amoreira fresca, aumentando quase que setenta vezes seu tamanho original e ocupando quatro vezes mais o espaço inicial. Depois de 5 semanas, quando a lagarta está no 5º estadio, ela para de se alimentar, inicia a fiação do casulo e se converte em pupa, mais tarde esta se transformará em uma mariposa.
O bicho-de-seda fia a seda ao redor do seu corpo desenvolvendo movimentos geométricos em formato de oito, até que todo o seu líquido seja usado . Depois de 3 dias de fiação, o casulo está completo. A lagarta converte-se em pupa, e se for mantida viva, transforma-se em mariposa em aproximadamente 10 a 12 dias, e o ciclo de vida termina com o rompimento do casulo e quebra do longo fio de seda em muitos fios curtos. (

- Anatomia (interno/externo)

ANATOMIA EXTERNA
A larva do bicho da seda apresenta o corpo cilíndrico dividido em três segnentos: cabeça, tórax e abdome ver a figura 3, formado pelo conjunto de dez anéis ou segmnetos, nove abdominais e três toráxicos. Cada um desses segmentos é provido de um par de patas, sendo os três primeiros, situados no tórax, chamados verdadeiras patas e os quatros anéis e uma garra terminal pontiaguda, com 9° anel. Estas últimas são chamadas falsas patas, porque não existem no inseto adulto e são usados para a locomoção.
Todos os anéis, com exceção dos 2°, 3° e do último (12°) possuem pequenas aberturas laterais, os estigmas, que são as partes externas do aparelho respiratório.

A cabeça é de forma globular e de natureza quitinosa. É constituida dos seguintes apêndices: antenas, olhos e boca.
Olhos: também chamados de ocelos, formando um olho composto, são doze, sendo seis de cada lado.
Boca: Constituída de um lábio superior limitando a cavidade bucal, mandíbulas armadas de dentes, duas palpas maxilares, duas labiais e um lábio inferior que fecha ventralmente a abertura bucal onde é encontrada, em sua parte mediana, uma proeminência cônica denominada fieira por onde é lançada a secreção sérica (o fio de seda).

 ANATOMIA INTERNA
Internamente a larva é constituída de aparelho digestivo; aparelho circulatório; aparelho respiratório; sistema muscular; sistema nervoso 1 e 2 e orgãos de reprodução.

- Como criar:
 * Ambiente
nos primeiros sete dias de vida, durante a primeira e a segunda idade da lagarta, a temperatura ideal para o local de criação é de 26 a 27 graus e umidade relativa do ar de 90%. Na terceira e quarta idades, são recomendados de 24 a 25 graus e umidade de 75%, enquanto na quinta idade o ideal é 23 graus e umidade de 70%. 

 * Estrutura (construções)
as lagartas são criadas sobre esteiras dentro de barracões, com medidas que podem variar de acordo com o espaço disponível. Um galpão de nove metros de comprimento por seis de largura, por exemplo, pode ser considerado para uma pequena propriedade agrícola, rendendo até 70 quilos de casulo por mês durante a safra. 

 * Alimentação
O bicho-da-seda alimenta-se exclusivamente de folhas de Amoreira ao longo de toda a sua fase de vida larvar.
 
* propagação
o cultivo de amoreiras é feito por estacas, que podem produzir folhas por um período de 15 a 18 anos para alimentar o bicho-da-seda. O corte deve ser diário, para oferecer às lagartas refeição fresca. As folhas devem ser oriundas de plantações livres de pragas, doenças e impurezas, nem mesmo terra. 

 * reprodução
ocorre na fase adulta da mariposa, que surge a partir da transformação da lagarta dentro do casulo. Após o acasalamento, a fêmea inicia a postura dos ovos, que chega a somar de 400 a 500 unidades.

- Curiosidades
CASULO
O casulo do Bombyx mori é constituído principalmente de três componentes protéicos: a fibroína, a sericina e a P25. Outras proteínas constituintes do casulo de B. mori estão sendo descritas nesse momento. A fibroína é o principal componente do fio de seda, e a sericina é uma proteína que possui propriedades adesivas, fundamental para manter as fibras de fibroína unidas. A P25 é uma glicoproteína que tem um papel importante na manutenção da integridade do fio de seda.

GLÂNDULA SERICÍGENAS
O mecanismo de formação do fio de seda nas glândulas sericígenas é único, e muito estudado. A glândula sericígena é dividida morfologicamente em três partes: posterior, mediana ou central, e anterior, ilustrada na Figura 2. A parte posterior ou região secretora sintetiza as moléculas de fibroína e a proteína P25, que formam o fio insolúvel. Na região mediana há secreção da sericina, que fornece ao fio uma camada aderente. A parte anterior é responsável em secretar um fio simples de seda pronto para a formação do casulo, nesta região encontra-se também a mucoidina, qe auxilia durante a passagem do fio de seda na glândula.
A fibroína se solidifica no momento que o fio sai, no entanto a camada de mucoidina permanece mole por um certo tempo, permitindo que a larva cole entre si as diferentes camadas de fio para tecer o casulo.

- Referências bibliográfica

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Abraço, Roselaine Mezz