Proclamação da Republica

    O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.

     Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.

Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma fortehttp://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.

Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.

O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.

No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.

A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.

O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.

2 Texto
O Brasil substitui a monarquia pela república na noite de 15 de novembro de 1889. Então, foi formado um governo provisório para dirigir o país. Este governo era formado pelos cafeicultores, profissionais liberais e militares. A figura mais importante deste episódio foi marechal Deodoro da Fonseca, que deixou de ser monarquista às vésperas do golpe, outros nomes foram marechal Floriano Peixoto, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui BarbosaCampos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk.
Trecho do manifesto do governo provisório republicano:
“O povo, o Exército e a Armanda Nacional (…) acabam de decretar a deposição da dinastia imperial e, consequentemente, a extinção do sistema monárquico representativo”.
Apesar do ‘Manifesto da República’ citar o povo como elemento essencial da mudança, a instituição da república não teve nenhuma característica de revolução nacional, estando as principais metas do governo bem longe dos interesses do povo. A verdadeira função era defender a ordem pública e assegurar os direitos de brasileiros e estrangeiros que tinham propriedade. Com suas primeiras decisões, o governo logo se revelou conservador.


Decisões do governo provisório
  • Federalismo: Províncias brasileiras tornaram-se estados-membros da federação, ganhando maior autonomia administrativa. A sede do governo federal ficou situada no Rio de Janeiro e se tornou capital da república.
  • Substituição dos símbolos monárquicos: Foi criada uma nova bandeira do Brasil com o lema: Ordem e Progresso.
  • Extinção do regime padroado, a religião católica deixa de ser a oficial e criam-se o registro civil de nascimento e o casamento civil.
  • Lei da grande naturalização é promulgada, declarando cidadãos brasileiros os estrangeiros residentes no Brasil.
Antecedentes
Muitos fatores contribuíram diretamente para a Proclamação da República, dentre eles destacam-se:
Escravos no exército
Os negros formaram a maioria dos batalhões brasileiros na Guerra do Paraguai. Com medo de morrer, os aristocratas tinham o direito de enviar escravos para o campo de batalha em seu lugar. Isso aumentou o número de soldados e o governo oferecia liberdade aos negros que fossem à guerra. Isso gerou uma aproximação dos generais aos escravos, gerando uma simpatia pelo abolicionismo e afastando o Exército do sistema monárquico.
A Questão Militar
Os coronéis Sena Madureira e Cunha Matos, respectivamente do Piauí e do Rio Grande do Sul atacaram Alfredo Chaves, ministro da Guerra. Isso deu início a uma série de desentendimentos com o governo, episódio conhecido como Questão Militar.
Visconde de Ouro Preto
Em uma tentativa de enfraquecer o exército nacional, Visconde de Ouro Preto espalhou as tropas do exército pelo imenso território nacional e tentou isolar os comandantes. Deu início à valorização de grupos armados como a Polícia e a Guarda Nacional, além de ter criado a Guarda Negra, formada por antigos escravos; e a Guarda Cívica.
Mas os republicanos começaram a espalhar que o governo iria acabar com as forças armadas, o que suscitou uma revolta nos quartéis. Em uma manhã de novembro de 1889, comandadas por marechal Deodoro, tropas foram à rua em uma tentativa de derrubar o ministério de Ouro Preto. Floriano Peixoto, líder dos soldados da monarquia, afirmou que não poderia lutar contra soldados do Brasil.
Dom Pedro II, ao saber dos acontecimentos pelo telégrafo, retornou apressado para tentar formar um novo ministério. Mas já era tarde demais.
Propaganda republicana

Junto com as revoltas e a agitação abolicionista da década de 1870, o Brasil começava a conhecer também a propaganda republicana. Mas apenas na década de 1880 a idéia de República angariou simpatizantes no país, o que ajudou a acabar com a monarquia.

Bocha Paraolímpica


Histórico
O jogo de bocha é um dos esportes mais desafiadores e de significativo crescimento em todo o mundo, por ser uma modalidade direcionada a pessoas que apresentam um quadro severo de disfunção motora, proporcionando uma verdadeira condição de inclusão e igualdade de participação com outros alunos sem deficiência.
Existem muitas versões sobrer a origem deste jogo, mas a maior referencia é que seja uma adaptação para quadra fechada do jogo italiano de boliche em grama. Também praticado em outros países, como apenas um passatempo. Introduzido no final do século XVI pela Corte Florentina, aristocracia italiana.
No início era voltado apenas para pessoas com paralisia cerebral. Atualmente pessoas com outras deficiências também podem competir, desde que inseridas em classe especifica e que apresentem o mesmo grau de deficiência similar ao da paralisia cerebral.
No Brasil, o jogo de bocha ficou conhecido a partir de 1995 quando dois atletas, inscritos para o atletismo nos Jogos Pan–americanos de Mar Del Plata, aceitaram participar, de improviso, da competição de bocha visando à aprendizagem para posterior implantação da modalidade. Eles obtiveram o 10 lugar em duas categorias, surpreendentemente. Em junho de 1996, dando prosseguimento ao Programa de Fomento Esportivo, a ANDE lançou o Projeto Boccia para Portadores de Paralisia Cerebral Severa, em Curitiba, quando se fizeram representar cinco Estados: Paraná, com duas entidades; Rio de Janeiro, com cinco entidades e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo com uma entidade cada (Cunha et al., 1999).

Classificação

Jogadores com paralisia cerebral são classificados como CP1 ou CP2, bem como atletas com outras deficiências severas (como distrofia muscular), que também são elegíveis para competir na bocha. Os jogadores podem ser incluídos em quatro classes a depender da classificação funcional:
·         BC1: Tanto para arremessadores CP1 como para jogadores CP2. Atletas podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
·         BC2: Para todos os arremessadores CP2. Os jogadores não podem receber assistência.
·         BC3: Para jogadores com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por uma pessoa, que deve permanecer na área de jogo do atleta mas deve se manter de costas para os juízes e evitar olhar para o jogo.
·         BC4: Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem receber auxílio.

O jogo
O jogo de bocha poderá ser disputado nas categorias:
·         Individual BC1;
·         Individual BC2;
·         Individual BC3;
·         Individual BC4;
·         Pares BC3 – Somente jogadores pertencentes à classe BC3;
·         Pares BC4 – Somente jogadores pertencentes à classe BC4;
·         Equipe – Somente jogadores pertencentes às classes BC1 e BC2.

Materiais e Equipamentos
São utilizadas 13 bolas: seis azuis, seis vermelhas e uma branca, confeccionadas com fibra sintética expandida e superfície externa de couro. Seu tamanho é menor que o do bocha convencional e o peso é de 280 gramas. O árbitro utiliza para sinalizar ao jogador, no início de um lançamento ou jogada, um indicador de cor vermelho/azul, similar a uma raquete de tênis de mesa. Para medir a distância das bolas coloridas da bola-alvo é utilizada uma trena ou compasso.
Para atletas que não conseguem dar à bola uma boa propulsão, pode ser utilizada uma calha, rampa ou canaleta, sem freio ou qualquer outro dispositivo mecânico. O jogador deve ter um contato físico direto com a bola imediatamente antes de fazer um lançamento. O contato físico inclui também o ponteiro ou agulha fixado na cabeça por uma faixa ou capacete.

Pontuação
- Todas as bolas mais próximas da bola branca, comparadas as do jogador adversário, serão consideradas ponto.
- Caso uma bola vermelha e uma bola azul estejam na mesma distância da bola branca, ao final da parcial, será creditado um ponto para cada jogador.
- Caso duas bolas azuis e uma vermelha estejam na mesma distância da bola branca, serão creditados dois pontos para a azul e um ponto para a vermelha.
- Em caso de dúvida na medição de distância da bola, o árbitro poderá autorizar o jogador (individual) e capitão (pares e equipes) a entrar no local da jogada para acompanhar a medição.
-Caso haja empate em número de pontos ao final das parciais, será jogada uma parcial de desempate, chamada de tiebreak.
- Será declarado vencedor o lado que tenha o maior número de pontos em sua somatória ao final de todas as parciais, incluindo tiebreak, caso necessário.

Penalidade
- Quando é cometida uma falta ou infração, o árbitro irá conceder duas bolas de penalização para o adversário. Estas bolas serão válidas para pontuação.
- As duas bolas de penalização serão retiradas após o término do jogo. Sempre serão as duas bolas do jogador penalizado que estiverem mais distante e não estão pontuando ou as bolas que foram lançadas para fora.
- Se for necessário retirar bolas que estão pontuando, o árbitro anotará o resultado antes de retirá-las.
- Se houver mais de uma bola que possa ser utilizada como bola de penalização, caberá ao próprio jogador beneficiado escolher qual será usada.
- Faltas cometidas por ambos os jogadores anulam-se umas às outras.
- Se um jogador comete uma falta enquanto está lançando a bola de penalização, esta será retirada e concedida ao jogador oposto.
- Se durante a parcial o jogador cometer mais de uma falta, as bolas de penalização serão concedidas separadamente, ou seja, duas e depois mais duas.
A quadra
A quadra deve ser plana, lisa e regular, de madeira, cimento ou material sintético. Consiste em duas áreas, boxes de jogadores e área de jogo. Suas dimensões totais são de 12,5m de comprimento e seis metros de largura, delimitadas por linhas de quatro centímetros de largura e linhas de marcação internas de dois centímetros de largura. As linhas limítrofes não estão inseridas nas áreas que delimitam.

A zona de lançamento é dividida em seis boxes iguais de 2,5 metros de comprimento e um metro de largura, que são numerados de 1 a 6. Na área de jogo, há uma área delimitada por uma linha “V”, cujas laterais distam três metros da zona de lançamento e do ponto central 1,5 metro. O lançamento da bola mestra (branca) de dentro do boxe de lançamento só será considerado válido quando ultrapassar essa marca (“V”). O ponto central da área de jogo é marcado por um “X”, onde a bola mestra é colocada no início de cada parcial extra ou quando for colocada para fora do campo.



Referencia Bibliográfica

Disponível em: http://www.informacao.srv.br/cpb/pdf/bocha.pdf. Acesso em 8 de outubro de 2012.
Disponível em: http://www.cpb.org.br/modalidades/bocha/. Acesso em 8 de outubro de 2012.

Estado Liberal


·         Origem do estado Liberal:
O Estado Liberal surge no século XVIII e constitui o primeiro regime jurídico político da sociedade que foi materializado com normas de relações econômicas e sociais colocando de um lado os capitalistas (Burgueses em ascensão) e de outro lado a realeza representada pelo monarca e a nobreza representada pelos senhores feudais em decadência.


·         Características do Estado Liberal:

1-      Não Intervenção do Estado na Economia: permitia à ideia deque a economia fosse livre, sem a efetiva intervenção do Estado.

2-      Vigência do Princípio da Igualdade Formal: todos são iguais perante a lei sem distinção de raça, cor, sexo, etc. Com base nessa característica ficou estabelecido que todas as classes sociais seriam tratadas uniformemente buscando a submissão de todos perante a lei, afastando-se com isso o risco de qualquer discriminação. Essa igualdade formal fazia com que todos fossem tratados de forma igualitária, evitando o tratamento diferenciado que era dado aos nobres e monarca. A intenção era para que não houvesse essa discriminação.

3-      Supremacia da Constituição Como Norma Limitadora do Poder Governamental: com a Revolução Francesa se idealizou e foi criado um único ordenamento jurídico onde ficou estabelecido regras acerca da igualdade formal e das demais garantias defendidas pelos revolucionários surgindo daí o conceito de Estado de Direito e a figura da Constituição que passava a limitar o poder dos governantes contendo com isso seus arbítrios. Foi estabelecida como uma norma escrita, advindo daí a primeira norma que regia a vida do cidadão.

4-      Adoção da Teoria da Divisão dos Poderes (defendida por Montesquieu): A teoria de Montesquieu defende a divisão dos poderes do estado em três órgãos autônomos e independentes. Um encarregado      de elaborar as leis (Poder Legislativo), outro de administrar o estado (Poder Executivo) e outro encarregado de julgar conflitos (Poder Judiciário).Segundo constam os historiadores, Montesquieu fazia parte da nobreza, e com a proposta de revolução e consequente enfraquecimento dos Senhores Feudais, diante da gama de dinheiro dos Burgueses, Montesquieu elaborou essa divisão de poderes e entregou às três classes essa teoria.

5-      Garantia de Direitos Individuais Fundamentais: dentro desta ideia criou-se a figura do Direito Público Subjetivo, isto é, apossibilidade do cidadão sendo titular de direitos ter afaculdade (faculta agendi) de exigi-lo em desfavor do Estado, regulando a atividade política, situação que não era prevista no absolutismo. No Absolutismo, realmente o indivíduo não possuía a faculdade de exigir nada do estado, podem apenascobrar direitos apenas de outro indivíduo. A partir dessa Garantia de Direitos Individuais Fundamentais, o indivíduo passou a ter a faculdade de exigir seus direitos perante o estado. Para Norberto Bobbio, na doutrina liberal “Estado de Direito significa não só subordinação dos poderes públicosque qualquer grau às leis gerais do país, limite que épuramente formal, mas também subordinação das leis aolimite material do reconhecimento de alguns direitosfundamentais considerados constitucionalmente e, portanto, em linha de princípio inviolável” A posição do Estado no sistema liberal era de postura negativa, isto é, uma omissão estatal em não invadir a esferaindividual do nacional que deixou de ser considerado merosúdito elevando-se à condição de cidadão detentor de direitostutelados pelo estado inclusive contra os próprios agentesestatais. A única coisa que o estado se propunha fazer era não se intrometer na vida do indivíduo, garantindo assim o interesse dos burgueses na revolução francesa. O Estado Liberal tambémpreviu os chamados Direitos Subjetivos Processuais visandoefetivamente assegurar os direitos materiais.


·         Ideias:

a)      Soberania Nacional: exercida através de um sistema representativo de governo.
b)      Regime Constitucional: limitar o poder de mando e assegurar a supremacia da lei
c)       Divisão de Poderes: Tripartição de Poderes, limitação recíproca entre os poderes.
d)      Separação Nítida entre Direito Público e Privado: limitava o que é do Estado e do Particular.
e)      Neutralidade em Matéria de Fé Religiosa: não havia preponderância de qualquer influência religiosa garantindo a liberdade até mesmo da fé.
f)       Liberal: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo se não em virtude da lei.
g)      Igualdade Jurídica: defendia que não haveria distinção jurídica em classes, raças, sexo, cor, et.
h)      Igualdade de Oportunidades: todos tinham direito de enriquecer e obter cargos públicos.
i)        Não Intervenção do Poder Público na Economia Particular: o poder Público não interveem na economia particular.

·         Problemas das Ideias Liberais:
O problema dessas ideias é que elas são muito utópicas. A partir da implantação dessas ideias o capitalismo ascendeu como nunca, chegando os burgueses ao poder. Assim foi-se agravando a situação do trabalhador e criou-se o homem escravizado com direitos. O trabalhador se sujeita à lei da procura e oferta, se submetendo a jornadas de trabalho extensas e por salários irrisórios. O operário se vê compelido a trabalhar pelo mínimo necessário, a esposa vendo isso também foi trabalhar para ajudar em casa e em muitos casos até mesmo as crianças trabalhavam para manutenção de suas casas. O estado simplesmente se apresentava como “juiz” objetivando apenas os ideais do Estado Liberal observando se ninguém estava burlando algumas dessas ideias. Havia revoluções e lutas de classes onde se iniciou um processo para buscar a solução do decaimento do estado liberal.


Mobilidade Social no Brasil


Introdução

De acordo com o contexto pode se dizer que a mobilidade social é a passagem ou evolução de um individuo de uma classe social para outra, podendo então melhor seu estado ou rebaixa-lo. O Brasil apresenta com grande distinção das classes sociais com uma larga diferença entre elas com grande quantidade da população pobre e pequena quantidade da população de elite (rica), sendo classificadas em muito pobre, pobres, classe media baixa, classe média média, classe media alta e a elite com pequena parcela da população composta nessa ultima classe.

A mobilidade Social no Brasil
O Brasil se encontra em estado de emergência, ou seja, passando de país subdesenvolvido para um país em desenvolvimento, mesmo com essa afirmação o Brasil demonstra grande desigualdade entre as classes sociais concentrando o poder na mão de poucos e o grande percentual de pobreza em maior parte da população.
De acordo com as pesquisas feitas pelo IBGE, entre os anos de 1973 a 1996, mostra que o Brasil é um país de grande mobilidade social, mas avisa: muitos sobem pouco e poucos sobem muito.
No ano de 1973 estimou-se que:
·         A classe muito pobre apresentava 32% e entende-se pelos boias frias, trabalhadores rurais, peões de fazendo e pescadores;
·         A classe pobre com 16,1%, representado pelos vigias, serventes de pedreiros, ambulantes e outros trabalhadores sem qualificação;
·         A classe media baixas 23,7%, composta por motoristas, pedreiros, mecânicos e pintores;
·         A classe média média 18,4%, é composta pelos auxiliares de escritório, pequenos fazendeiros e profissionais com pouca especialização;
·         A classe media alta com 6,3% composta de pequenos proprietários, técnicos com especialização e gerentes de grandes empresas;
·         E por fim a elite com apenas 3,5% da população composta de profissionais com diploma universitário, empresários e altos administradores.
Até o ano de 1996 houve diversas mudanças nesses percentuais, em que:
·         Na classe muito pobre houve uma redução de 25% dos integrantes desta classe apresentando neste ano o percentual de 24%;
·         Na classe dos pobres foi a que mais demonstrou crescimento com 46% em seu percentual de integrantes desta classe, apresentando então o total de 23,5% da população;
·         Na classe media baixa houve um amento de 13%, é a classe que abrange neste ano o maior numero de brasileiros com o percentual de 26,9% da população;
·         Na classe média média houve um encolhimento acentuado de 28%  passando de 18,4% para 13,3% em 1996;
·         Na classe media alta houve o aumento de 17% ou seja, muitas pessoas estão conseguindo atingir esse nível econômico esta havendo uma progressão durante os anos tendo o percentual atual de 7,4%;
·         Na Elite também houve crescimento como a classe media alta só que em percentuais ainda maiores chegando a aumento de 40%  estando então a 4,9%



Problemas que afetam a mobilidade social atualmente no Brasil, e a maior exigência do mercado de trabalho em trabalhadores com maior nível de escolaridade, reduzindo drasticamente o número de ocupados de menor qualificação, aumentando assim o maior número de pessoas sem emprego com isso o número de marginalidade também aumenta demasiadamente devido a esse fator. Mas por outro lado também a inúmeras possiblidades através de incentivos governamentais e se ter acesso a uma faculdade tornando a sociedade com maior numero de profissionais que tenha um emprego de qualidade que ganhe um salario razoável possibilitando sair de uma vida sem recursos financeiros para uma vida estável e confortável. Mas o maior problema hoje é a falta de uma democracia mais justa e igual a todos os brasileiros, o preconceito é motivo para o agravamento desta situação e o poder na mão de poucos, de certa forma o capitalismo propicia essa situação, já é de sua natureza essa divisão distinta das classes sociais aonde a maioria tem posse de muito e a minoria de pouco, enquanto algumas pessoas esbanjam oque de fartura muitas outras sofrem com por falta desses recursos. Mesmo com a enorme desigualdade no país o Brasil se encontra em constante mobilidade social, muitas pessoas estão se formando alcançando seus objetivos buscando estudar para ter um futuro melhor e muitos consegue e hoje estão e melhores condições de vida. Para o futuro, espera-se a manutenção das altas taxas de mobilidade social e uma acentuação da mobilidade circular no interior do País o que exigirá muita capacidade para concorrer e vencer em mercados mais competitivos.


Conclusão
A população brasileira está em um processo febril de mobilidade. Boa notícia: essa mobilidade ocorre para cima na maior parte dos casos. Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, informa que nada menos de 63% da população mudou de lugar em duas décadas. Nos dados gerais, o levantamento confirma que no Brasil a mobilidade social é altíssima, comparável à de poucos países, como Austrália e Estados Unidos.


Referencias Bibliográficas


Juína e sua economia


A economia do município de Juína tem sofrido várias transformações mas prevalece a exploração industrial extrativista e agropecuarista. Prioritariamente a economia se baseou no extrativismo vegetal - extração de madeiras nobres da região; extrativismo mineral com exploração de diamantes e agricultura de subsistência. A pecuária também tem grande importância no desenvolvimento econômico de Juína e região, com numeroso rebanho bovino.

PANORAMA DA SITUAÇÃO ATUAL DA REGIÃO
A agropecuária é a principal atividade econômica da região, destacando-se pelo seu rebanho bovino, responsável pela participação do setor com 37,65% do PIB regional, além da exploração madeireira (a indústria representa 15,77%, e os serviços alcançam 46,57% do PIB da Região). Juína contribui com 3,07% na composição do PIB agropecuário estadual, bem acima da sua participação no total da economia. A economia regional cresceu, entre 2000 e 2004, um pouco abaixo da média registrada pelo conjunto do Estado (19,4% contra 20,1%), mas tem baixa participação (2,2%) no PIB mato-grossense, em penúltimo lugar entre as regiões. a região de Juína coloca-se na última posição no ranking do PIB per capita regional, com o valor de R$ 6.247,00, que corresponde a tão-somente 61,0% do PIB per capita estadual (R$10.361,00). Internamente existe equilíbrio no PIB per capita dos municípios, na medida em que a população tende também a se concentrar nos municípios de maior base econômica; assim, o município de Juína, que se destaca com grande participação no PIB regional, cai para o quinto lugar no PIB per capita, de modoque Rondolândia, com a menor base econômica da região, lidera o PIB per capita da região. Apesar da recente expansão da economia, grande parte do território regional de Juína ainda apresenta um ambiente bastante conservado, com a floresta oscilando entre a condição de preservado e conservado. Apenas em parte do município pólo, Juína, e em Rondolândia, o ambiente natural é considerado muito alterado e antropizado, precisamente onde é mais forte a presença da pecuária, da mineração e da atividade madeireira. A região tem grande potencial de recursos naturais, especialmente a biodiversidade que pode servir de base para produtos bióticos, além da disponibilidade de recursos minerais e madeireiros, em fase inicial de exploração não sustentada. Em Juína convive a agropecuária de grande e pequeno porte, com a presença de médios e pequenos pecuaristas.
PERSPECTIVAS FUTURAS PARA A REGIÃO
– a região Noroeste 1 (Juína) experimenta, nas próximas duas décadas, crescimento muito alto (média de 9,3% ao ano), ligeiramente acima da média estadual. Como resultado da combinação da exploração sustentável do potencial madeireiro, mineral e biótico, na atual base produtiva, com o asfaltamento da MT 170 (com prioridade para os trechos Juína – Colniza; Juína – Campo Novo do Parecis) e melhoria do acesso aos grandes eixos rodoviários de escoamento do Estado (BRs 163 e 364); a região deve receber um impulso de crescimento e diversificação econômica, mas com moderado beneficiamento industrial da produção primária e da madeira, além da implantação de importantes projetos de reflorestamento para
venda de crédito de carbono; esta tendência, contudo, é moderada pela gestão ambiental, considerando que tem mais da metade do território destinado a uso controlado e aproximadamente 1/4 de áreas indígenas. Nos próximos dez anos, a economia de Juína cresce a taxas muito altas com diversificação produtiva e exportação competitiva, exploração madeireira controlada, aproveitamento biótico e adensamento da pecuária. Em 2026, o PIB da região deve alcançar R$ 4.090,00 milhões (a preços de 2004), com leve aumento da participação na economia mato-grossense (de 2,17% em 2005 para 2,21%, em 2026), e o PIB per capita chega a R$ 27.034,00, mais de quatro vezes superior ao atual, considerando uma taxa de expansão demográfica de 1,7% ao ano, pouco acima da média estadual. Mesmo assim, em 2026, o PIB per capita de Juína ainda será 62,0% do valor alcançado por Mato Grosso no mesmo ano, representando pequena melhora relativa.

Assim, para a região polarizada por Juína foram identificadas as seguintes vantagens/
potencialidades:
·         Diversidade cultural dos imigrantes, seu espírito empreendedor, sua perseverança e sua
·         capacidade de adaptação às condições particulares da região.
·         Capacidade e tradição empresarial em pecuária e agricultura.
·         População jovem e em idade produtiva.
·         Boa estrutura de assistência básica à saúde na cidade Pólo.
·         Organização da sociedade em grande número de associações. cooperativas, sindicatos,
·         conselhos – prática de parceria entre entidades e atuação de ONGs.
·         Diversidade de empresas nos ramos de agricultura, pecuária, indústria, comércio e agronegócio da madeira e ampla base de agroindústria e agricultura familiar.
·         Disponibilidade de matéria-prima para a indústria de alimentos e da madeira.
·         Capacidade de adaptação empresarial às exigências do mercado e do desenvolvimento sustentável.
·         Atividades econômicas sustentáveis de manejo, certificação da produção orgânica, pastagem ecológica, sistemas agroflorestais e reflorestamento.
·         Grande quantidade e diversidade de recursos naturais renováveis
·         Região com grande potencial para pesquisas ambientais
·         Potencial turístico, com rico folclore regional
·         Controle ambiental rígido e programas de incentivo para a valorização dos recursos naturais,
·         com consciência do desenvolvimento sustentável para um número crescente de pessoas.
·         Grandes extensões de terras agricultáveis e clima favorável.
·         Região com potencial para receber projetos de seqüestro de carbono.
·         Ampla biodiversidade e espécies florestais.



Problemas e Estrangulamentos
Foram destacados para a região os seguintes problemas e estrangulamentos:

·         Degradação ambiental, resultado da exploração predatória dos recursos naturais, polui-
·         ção dos rios e desmatamento desordenado, alto índice de queimadas e degradação de
·         áreas de preservação.
·         Baixa escolaridade e mão-de-obra sem qualificação e técnicos insuficientes e com forma-
·         ção defasada da realidade regional e do desenvolvimento sustentável.
·         Frágil estrutura de ensino e falta de cursos profissionalizantes, além de insuficiência de extensão universitária nos municípios da região e ausência de instituições de ensino superior.
·         Pobreza e desigualdade social.
·         Empresários sem formação gerencial e com cultura do lucro imediato.
·         Desvalorização e não integração da cultura indígena.
·         Baixa presença de líderes que atuem como agentes de transformação.
·         Infra-estrutura econômica e social insuficiente para a demanda.
·         Empobrecimento do solo e solo em formação, restringindo à agricultura convencional.
·         Grande número de empresas operando na informalidade.
·         Custo elevado e distância dos mercados de consumo.
·         Pouca diversificação da atividade industrial, concentrada em serrarias e laminadoras de
·         baixo valor agregado/produção orientada para produtos primários, com baixos índices de
·         industrialização e de valor agregado.
·         Alto custo da mão-de-obra na produção agrícola.
·         Pecuária predominantemente extensiva.
·         Atraso tecnológico na maioria das atividades produtivas (altos índices de desperdício e
·         baixa produtividade do setor madeireiro, combinado com despreparo tecnológico do produtor e altos índices de desperdícios, incluindo a falta de rotatividade de culturas).
Oportunidades do Ambiente Externo
Foram identificadas as seguintes oportunidades externas à região de Juína:
·         Redução de barreiras alfandegárias para produtos agropecuários.
·         Formação da ALCA com ampliação do mercado para produtos do agronegócio.
·         Consolidação do Mercosul com ampliação do mercado para produtos do agronegócio.
·         Ampliação da demanda mundial de alimentos.
·         Crescimento da demanda mundial e nacional por produtos orgânicos.
·         Crescimento da demanda de água e recursos naturais com forte aumento da demanda
de hidroeletricidade no Brasil.
·         Aumento da demanda de energia renovável, incluindo biomassa e biocombustível com
·         mudança da matriz energética.
·         Ampliação de mercado de crédito de carbono.

http://www.seplan.mt.gov.br/arquivos/A_079c658cce302efdfe79f1ae96660b53I%20juina.pdf