Características da Carne de Frango.

1. INTRODUÇÃO
A carne de aves, de acordo com o Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (DIPOA), corresponde às obtidas aves domésticas de criação. O frango
possui carne de coloração branca. A carne de frango fornece nutrientes necessários em
dietas equilibradas. Proteínas, lipídios, vitaminas e minerais encontrados na composição da
carne variam de acordo com a raça, idade e condições higiênicas do animal.
A coloração da carne é variável de espécie para espécie e também está relacionada
com a atividade física do animal. O componente que confere cor a carne é a mioglobina.
Quanto maior o tamanho, atividade muscular do animal, maior o teor de mioglobina e mais
escura é a carne. Outros fatores que interfere na coloração da carne são a idade, sexo,
alimentação e habitat do animal.
2. QUALIDADE DA CARNE
A qualidade da carne é dependente da temperatura do tecido muscular e da
velocidade de resfriamento (figura 1) após o abate, sendo que as velocidades das reações
bioquímicas são reduzidas em baixas temperaturas (Vieira, 1999). É identificada através de
parâmetros físico-químicos, tais como: aparência, textura, suculência, pH, sabor entre
outros.
Figura 1. Frango embalado

2.1 ATRIBUTOS DA CARNE
2.1.1 Aroma, Sabor e Aparência
O aroma e sabor da carne são provenientes do aquecimento, decorrendo da
transformação de substâncias lipossolúveis e hidrossolúveis e ainda a volatilização de
alguns compostos indesejáveis na carne. A aparência da carne está relacionada com a cor
e exsudação da carne.
2.1.2 pH
Um músculo vivo possui o valor do pH de 7,2. Ocorrido o abate, a carne continua em
processo bioquímico, no qual o condutor energético do músculo é transformado em
glicogênio lático através da ação de várias enzimas. O pH da carne de frango diminui devido
à formação ácida, onde a carne de peito deve apresentar pH final entre 5,7 e 5,9. Passado
24 horas, se o pH estiver superior a 6,2, a carne de frango irá se encontrar com grande
retenção de água, o que implica em curto tempo de conservação e o estabelecimento da
coloração escura, caracterizando a carne DFD (darck, firm, dry – escura, dura e seca). Caso
o pH se encontre abaixo de 5,8 em menos de 4 horas, teremos a carne PSE (pale, soft,
exudative – pálida, mole e exsudativa) caracterizado pela má retenção de água além do
aspecto pálido e mole.
2.1.2.1 PSE em Aves
A carne DFD e PSE (figura 2) é resultante de más condições de manejo ante mortem
e alterações metabólicas no processo post mortem, provocando aceleramento ou
retardamento no processo de rigor mortis. Dessas, a carne PSE é a que causa maior
impacto na economia, pois a carne torna-se imprópria para o processamento de produtos
industriais e consumo in natura, comprometendo a qualidade e rendimento desta.
Na figura 3 ilustra-se carne PSE, com condições impróprias para consumo devido
modificações negativas nas características desejáveis pelo consumidor. A luminosidade
também interfere na formação da carne PSE, pois a queda do pH causa aumento na
luminosidade.
Figura 2. Variação dos valores de pH e L* avaliados na carne de peito de frangos de corte
representando a carne PSE e normal.

2.1.3. Cor
Na hora do consumidor escolher que carne levar para casa, a cor da carne de frango
in natura é uma das características que influenciam na compra. A cor da carne está
relacionada com as fibras musculares, o pigmento mioglobina e a hemoglobina presente no
sangue. Estas duas substâncias são proteínas associadas ao ferro e têm a possibilidade de
reagir com oxigênio, alterando a cor da carne.
A quantidade de mioglobina varia com a espécie, sexo, idade, localização anatômica
do músculo e atividade física, por exemplo, um animal qual a sangria foi boa a mioglobina
constitui 80 a 90% do total de pigmentos (Hedrick et al, 1994).
A cor da carne e frango varia da tonalidade cinza a vermelho pálido.
2.1.4 Palatabilidade e Textura
A palatabilidade da carne está associada com a textura. A textura pode ser afeta por
fatores ante-mortem, como espécie, fatores genéticos, idade, estado de nutrição, estresse,
entre outros. Rigor mortis, estimulação elétrica, velocidade do resfriamento, pH são fatores
post-mortem que também influenciam na textura da carne de frango.
2.1.5 Capacidade de retenção de água
É a capacidade que a carne tem de reter água durante o aquecimento, cortes,
trituração, prensagem. A capacidade de retenção de água do tecido muscular tem um efeito
direto durante o armazenamento. Quando os tecidos têm pouca capacidade de retenção de
água, a perda de umidade e, conseqüentemente, de peso durante seu armazenamento é
grande.
A capacidade de retenção de água influencia diretamente na qualidade da carne,
pois afeta diversas características essenciais necessárias a carne de frango.
3. SANIDADE
A carne quando está fresca serve como excelente substrato para o desenvolvimento
de microrganismos e vermes, causando também intoxicações químicas, através de resíduos
de aditivos. Por isso, o local de abate e manipulação da carne deve seguir as normas
higiênicas.
A sanitização da carcaça pode ser incluída, como operação de rotina, no processo
de abate de animais para consumo humano, no sentido de eliminar, ou pelo menos reduzir,
incidência desses contaminantes.
É importante ressaltar que alguns microrganismos que aderem à carcaça, durante o
abate, podem ser removidos após lavagem com água potável ou sanitização. Para
sanitização de animais abatidos usa-se acido acético e lático, pois estes apresentam baixa
toxidade para os humanos e altos para os microrganismos. Esses ácidos podem aumentar a
vida e prateleira da carne de frango. Para desinfecção das superfícies utilizadas no abate
recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio e quaternário de amônia.
4. CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS
A carne de frango é utilizada na alimentação, sendo classificada como alimento
saudável, pobre em gorduras, desde que seja consumido sem pele. Essa carne apresenta
rico teor de proteínas de boa qualidade e é recomendada consumo em todas as idades e
podem ser consumidas, sem pele, por alguém que tenha riscos cardiovasculares, pois
contem uma baixa taxa de colesterol. Na realidade, a carne de aves constituem uma fonte
importante de proteínas. Além disso, trata-se de proteínas de boa qualidade porque são
ricas em aminoácidos indispensáveis. Estas proteínas têm, por conseguinte, um bom valor
biológico que é comparável ao das outras carnes.O peito, que é o pedaço mais magro contém apenas 2% de lipídios. Além disso, as
gorduras que trazem são de boa qualidade, visto que se trata em grande parte de gorduras
mono e poli não-saturadas.
A carne de frango ainda é rica em ferro, constituindo uma fonte não negligenciável
em ferro visto que se trata de ferro hemínico que é a forma do ferro mais bem assimilada
pelo organismo e são consideradas fonte importante de vitaminas do grupo B,
principalmente, B2 e B12. Estas vitaminas são indispensáveis, visto que ajudam na síntese
de energia a partir dos nutrimentos ingeridos. 
5. PONDERAÇÕES FINAIS
A carne de frango possui inúmeras características benéficas a saúde. Para obtenção
de uma carne higiênica e bem conservada é necessário que todos os processos sejam
seguidos dentro da legislação.

Características da Carne Bovina

1. INTRODUÇÃO
De acordo com o RIISPOA, a carne bovina é classificada como carne vermelha
apresentando grande importância nutricional, pois fornece os principais nutrientes
necessários para dietas (proteína, lipídeos).
Para obter carne bovina de qualidade é necessário observar cuidados que vão desde
o nascimento do animal até o preparo do produto final. O consumidor final busca carne com
boa palatabilidade e aparência. A produção de carne deve ter como princípio produzir com a
máxima qualidade, a fim de preservar os benefícios que o alimento pode proporcionar ao
consumidor. A obtenção da Carne em condições não adequadas podem afetar diretamente
a saúde do consumidor através de infecções e intoxicações alimentares.
2. QUALIDADE DA CARNE
O consumidor, ao adquirir carne bovina, espera que esta seja proveniente de
animais saudáveis, abatidos e processados higienicamente, sendo rica em nutrientes
necessários a alimentação, possuindo uma aparência típica da espécie a que pertence e ainda bem palatável. 
Figura 1. Qualidade da carne bovina.

2.1 ATRIBUTOS DA CARNE
Os sistemas de avaliação da carne bovina são baseados em atributos da qualidade
visual da carne, qualidade gustativa e qualidade nutricional. Além disso, a carne deve esta
isenta de contaminantes químicos, como pesticidas e ser segura sobre os aspectos
higiênico-sanitários.
2.1.1 Atratividade
A atratividade está relacionada com fatores tais como cor e exsudação. A cor da
carne é um dos primeiros atributos a ser observados pelo consumidor tendo, portanto,
grande importância na decisão deste na hora de eventuar a compra.
A cor vermelha, característica da carne bovina, tem relação com as fibras
musculares, com o pigmento mioglobina e a hemoglobina presente no sangue. Essas duas
proteínas, quando associadas ao ferro, adquirem a possibilidade de reagir com oxigênio,
podendo provocar alteração na cor da carne, como a carne PSE (Pálida, Flácida e
Exsudativa) e a DFD (Escura, Firme e Seca) . A carne PSE é causada devido problemas de
estresse no momento do abate que eleva o teor de lactato (redução de pH) que, juntamente
com a temperatura alta do músculo, provocam um estado em que a carne libera água,
tornam-se flácida e com coloração amena, enquanto a carne DFD está relacionada com
problemas de estresse prolongado sofrido pelo animal antes do abate, acabando com as
reservas de glicogênio, impedindo a queda do pH, e consequentemente o músculo retémmais água, ficando fibroso e mais escuro devido à menor refração da luz e maior ação
enzimática, com gasto de oxigênio.
2.1.2 Palatabilidade
Este atributo da qualidade da carne está diretamente relacionado com a maciez, que,
por sua vez está associado a propriedades tais como: espécie, idade, fatores genéticos, tipo
de manejo, estado de nutrição e tipo de corte do animal.
A maciez da carne bovina é definida através da proporção do tecido conectivo
existente no músculo. O rigor mortis também influencia a maciez da carne, pois logo após o
abate a carne é tenra e com o passar do tempo torna-se mais macia. Isso acontece devido a
processo bioquímicos e enzimáticos decorrentes no tecido muscular no período post
mortem. Este processo é considerado amaciamento natural da carne.
A carne bovina pode sofrer amaciamento artificial. O amaciamento artificial ocorre
por meios químicos, mecânicos ou enzimáticos. O amaciamento químico é realizado pela
adição de ácidos fracos (vinagre ou suco de limão) sobre a carne, enquanto o amaciamento
mecânico é processado pela moagem da carne. O amaciamento por meio enzimático
acontece quando se utiliza enzimas de origem vegetal (papaína, ficina e bromelina) e
microbiana, além de outros preparados envolvendo mais de um tipo de enzima. Essas
enzimas são aplicadas na superfície da carne ou ainda através de injeção de solução
enzimática no sistema circulatório do animal.
A suculência é outro fator relacionado com a palatabilidade da carne. Ela depende da
quantidade de água retirada da carne quando esta está crua, durante a industrialização ou
preparo para o consumo. A suculência também se relaciona com a distribuição de gordura
da carne.
Animais com musculatura bem desenvolvida, que para o corte apresentam uma
textura fina e homogênea, ligeiramente marmorizada para garantir um paladar desejável,
músculos de coloração vermelho vivo, e a gordura clara, são os mais desejáveis. As carnes
sem gordura nenhuma perdem o sabor, além de não proteger da desidratação durante a
fase de resfriamento o que as torna enegrecidas e ressecadas e assim indesejáveis.
2.1.3 Sanidade
A carne é um importante produto no fornecimento de nutrientes indispensáveis para
o ser humano obter boa saúde. Além disso, como qualquer produto de origem animal,
podem servir de ótimo substrato para o desenvolvimento de vários microrganismos evermes, como também condutor de intoxicações químicas, tipos resíduos de defensivos, de
hormônios e aditivos intencionais.
Os microrganismos podem causar três tipos de problemas:
􀁆-> Envenenamento alimentar causado por agentes como Staphilococcus aureus,
Clostridium botulinum e Clostridium fringens,
􀁆-> Infecções alimentares causadas por espécies de Salmonella, e
􀁆-> As moléstias transmitidas pela carne como, por exemplo, a tuberculose.
Entre os protozoários, o que merece destaque é a Taenia saginata, no qual possui
como hospedeiro definitivo o intestino humano e como hospedeiro intermediário o boi que
ingere os ovos e desenvolve o cisticerco nos músculos. A teníase é uma infecção
intestinal que leva a infecção crônica da mucosa do intestino, depois que o homem ingere
carne contaminada e mal cozida, causando o desenvolvimento da tênia adulta no
intestino.
As medidas tomadas para proteção da saúde do consumidor envolvem basicamente
os exames de inspenção ante-mortem e post-mortem, adoção de procedimentos
higiênicos durante o processamento da carne, armazenamento correto, transporte em
caminhões frigoríficos e comercialização da carne resfriada.
Figura 2. Tênia saginata e cisticercos

3 CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS
A carne bovina sever como fonte protéica de ótima qualidade, é rica em ácidos
graxos essenciais, aminoácidos essenciais, vitaminas do complexo B e minerais,
destacando o zinco e o ferro. Este último é fundamental para diversas funções no
organismo, dando suporte ao sistema imunológico. Na carne bovina ele é encontrado na
forma de mais fácil absorção pelo organismo.
O zinco é importante para o crescimento e a falta dele afeta mais de 60 enzimas,
prejudicando os processos metabólicos do corpo. A carne bovina magra apresenta,
praticamente, o mesmo valor nutricional de carne de frango sem pele.
4 PONDERAÇÕES FINAIS
A carne bovina é um alimento de excelente qualidade, devendo ser consumido em
quantidade ideal, sem exageros. Ela deve estar com pouco gordura, pois assim fornecerá as
constituintes nutricionais sem causar danos a saúde.





PS.: Conteúdo retirado de uma apostila..


Características da Carne Suína.

1. INTRODUÇÃO
A carne suína é rica em nutrientes essenciais, sendo a proteína de origem animal
mais consumida no mundo, contribuindo para obtenção de alimentação balanceada. Possui
sabor e maciez característicos, além de ser fonte de vitaminas e minerais. Um ponto
importantíssimo a ser enfatizado em relação à carne suína é que 70 % dela esta situada
abaixo da pele (toucinho). Apenas 20 a 22 % estão entre os músculos, dando sabor e
maciez. Este fato auxilia ainda mais na redução da ingestão de gordura na dieta habitual,
pois, como a gordura é encontrada em uma camada bem definida, fica fácil removê-la antes
de seu cozimento evitando assim a penetração e aderência desta gordura. Este é um ponto
positivo da utilização da carne suína porque além de não apresentar níveis de gordura
elevados é possível realizar a remoção da maior parte da gordura, reduzindo ainda mais o
valor calórico e lipídico da carne.
2. QUALIDADE DA CARNE
Atualmente, a qualidade da carne representa uma das principais preocupações,
especialmente para consumidores mais exigentes. De modo geral, pode-se dizer que a
qualidade da carne e da carcaça depende da interação de fatores intrínsecos e extrínsecos.
Os fatores intrínsecos mais importantes são a genética, o manejo alimentar, a idade e o
sexo. Entre os fatores extrínsecos, são muito importantes as condições de abate, desde a
saída dos animais da propriedade até a entrada das carcaças nas câmaras frias, o tipo de
cozimento e os métodos de conservação.
A qualidade da carne suína é conseqüência de fatores ambientais e genéticos juntos.
Textura, cor, sabor, suculência e aroma são características da carne suína influenciadas
pelo processo bioquímico que acontece durante a conversão do músculo em carne.

2.1 CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
2.1.1 Cor
A cor da carne é aferida pelos pigmentos de mioglobina existentes nos músculos. A
quantidade de mioglobina existente nos músculos varia de acordo com a espécie, sexo,
idade, localização anatômica do músculo e atividade física exercida pelo animal. A carne de
suínos caracteriza-se por possuir cor uniforme, entre rosada e avermelhada, possuindo um
pequena camada de gordura branca.
2.1.2 Maciez
A maciez da carne é afetada por fatores ante-mortem e post-mortem. Em geral todos
os cortes de carne suína possuem maciez características. Está também geralmente tem
menos gordura entremeada na carne, o que facilita a retirada aos não adeptos à gordura.
2.1.3 Suculência
A suculência da carne cozida é a sensação de umidade observada nos primeiros
movimentos de mastigação, devido à rápida liberação de líquido pela carne e, também, da
sensação de suculência mantida, devido principalmente à gordura que estimula a salivação.
A gordura intermuscular funciona como uma barreira contra a perda do suco muscular
durante o cozimento, aumentando, portanto a retenção de água pela carne e aumento da
suculência. A gordura intramuscular aumenta a sensação de suculência na carne.
2.1.4 Sabor e aroma
O aroma e sabor da carne pode ser determinado por fatores antes do abate como
espécie, idade, sexo, raça, alimentação e manejo. Outros fatores como pH final do músculo,
condições de esfriamento e armazenamento, e procedimento culinário também afetam este
parâmetro sensorial.
2.2 CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS
2.2.1 Capacidade de retenção de água

As características sensoriais, como cor, textura, firmeza, suculência e maciez da
carne cozida, dependem de alguma forma da capacidade de retenção de água da carne.
Capacidade de retenção de água é a capacidade que a carne tem de reter água
durante o aquecimento, cortes, trituração, prensagem. A capacidade de retenção de água
do tecido muscular tem efeito direto durante o armazenamento. Quando os tecidos têm
pouca capacidade de retenção de água, a perda de umidade e, conseqüentemente, de peso
durante seu armazenamento é grande.
A capacidade de retenção de água influencia diretamente na qualidade da carne,
pois afeta diversas características essenciais necessárias a carne suína.
2.2.2 pH
Um músculo vivo possui o valor do pH de 7,2. Ocorrido o abate, a carne continua em
processo bioquímico, no qual o condutor energético do músculo é transformado em
glicogênio lático através da ação de várias enzimas. O pH da carne suína diminui devido à
formação ácida, assim a carne passa apresentar pH final entre 5,7 e 5,9. Passado 24 horas,
se o pH estiver superior a 6,2, a carne suína irá reter grande quantidade de água, o que
implica em curto tempo de conservação e coloração escura, fenômeno que caracterizando
o processo DFD (dark, firm, dry – carne escura, dura e seca). Caso o pH se encontre abaixo
de 5,8 em menos de 4 horas, teremos a carne PSE (pale, soft, exudative – pálida mole e
exsudativa) caracterizado pela má retenção de água além do aspecto pálido e mole.
2.3 CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS
A carne suína, classificada como carne vermelha, tem composição muito semelhante
as demais e ao contrario do que muitos pensam, é um alimento rico em nutrientes,
apresentando diversos benefícios indiscutíveis à saúde humana. Ela é rica em proteína de
alto valor biológico, ácidos graxos monoinsaturados, vitaminas do complexo B e diversos
minerais. O teor de gordura e valor calórico depende da localização da carne no animal,
mas a quantidade dos demais nutrientes é pouca afetada. A seguir encontra-se a tabela 1,
em que é demostrado a composição de diferentes carnes, ressaltando que a carne suína
tem qualidades nutricionais.

Atualmente a composição geral da carne suína consiste de 72% de água, 20% de
proteínas, 7% de gordura, 1% de minerais e menos de 1% de carboidratos. Quando
comparamos com outros alimentos confirma-se a afirmação de que a carne suína é um
alimento rico em proteínas e pobre em carboidratos, fato que auxilia na redução calórica do
produto, 100 gramas de carne possui cerca de 147 kcal.
2.4 CARACTERÍSTICAS HIGIÊNICAS
A carne é um importante produto no fornecimento de nutrientes indispensáveis para
o ser humano obter boa saúde. Além disso, como qualquer produto de origem animal,
podem servir de ótimo substrato para o desenvolvimento de vários microrganismos e
vermes, como também condutor de intoxicações químicas, tipos resíduos de defensivos, de
hormônios e aditivos intencionais. Todas as etapas do abate devem ser realizadas de forma
higiênica e rápida, pois determinam a qualidade microbiológica da matéria prima.
Um grande problema relacionado à carne suína produzida sem condições higiênicas
é a Taenia sollium, que são cestóideos, Figura 01, cujo hospedeiro definitivo é o homem(verme adulto no intestino) e o hospedeiro intermediário são o boi (Taenia saginata) e o
porco (Taenia solium), que são parasitados pela forma larvar (cisticerco). A teníase pode
causar dor abdominal, anorexia, entre outros sintomas. A forma mais grave de manifestação
é a cistecercose humana, localizada no cérebro. É possível prevenir esta doença através do
congelamento da carne suína em temperatura inferior a -5ºC, por no mínimo 4 dias, a fim
que os cisticercos sejam destruídos, além disso, toda carne de ser submetida à inspeção de
carcaças. Mas o ideal que este problema seja detectado na inspeção após o abate e a carne
seja descartada.
Carne com canjiquinha (ovos de Taenia solium)


3. PROBLEMAS DA CARNE SUÍNA
As carnes que serão comercializadas podem apresentar diversos problemas, entre
eles, destacam-se: carne DFD e carne PSE.
3.1 CARNE DFD
A carne DFD tem pH24 superior a 6,2. A carne com esse pH tem menor vida útil,
sendo propicio o aparecimento de microrganismos. Essa carne é proveniente do manejo
ante-mortem errôneo, que provoca estresse nos animais, diminuindo, portanto o glicogênio
muscular. Esta carne torna-se inadequada para elaboração de alguns derivados, como
mortadela e presunto cru, devido à grande retenção de água que ela tem.
3.2 CARNE PSE

A carne PSE é o mais importante problema relacionado à carne suína. É
caracterizada a partir da rápida queda do pH (inferior a 5,8). A carne PSE está ligada à
presença do gene Halotano (Hal), que quando expostos a fatores estressantes durante o
transporte ao matadouro, jejum, dieta hídrica e manejo de condução, determinam uma
liberação muito mais rápida de cálcio sarcoplasmático após a sangria. Esse tipo de carne
possui baixa retenção de água e palidez que acarreta uma maior perda de peso, portanto
menor rendimento para a industrialização. O uso da carne PSE é vetado na elaboração de
presunto cozido, podendo ser utilizado na fabricação de salames e salsichas, desde que
sejam misturadas com pelo menos 30% de carne normal.
                                                DFD                                                      PSE


4 PONDERAÇÕES FINAIS
O consumo da carne suína é visto como tabu para alguns consumidores por
acreditarem no mito que ela é rica em gordura e faz mal a saúde. Mas é comprovada do
ponto de vista nutricional, que isso é uma inverdade. A carne suína é rica em nutrientes
necessários ao corpo e quando é consumida sem exageros não causa nenhum dano a
saúde humana.



Ps.: Conteúdo retirado de uma apostila.

Primeira visita realizada na Feira Livre.

No dia 13 de setembro de 2010 realizamos a primeira vistoria na feira livre. Com uma inspeção detalhada em cima de um chek list, formulado pela minha professora. Analisamos os produtos hortifrutigranjeiros e as carnes.


Imagem 1(bancas da feira)


Focalizamo-nos nossa pesquisa nas carnes, pois como é um produto perecível (alto índice de umidade), assim estando mais possibilitado de bactérias. Em sua maioria se encontrava in-natura, ou seja, o animal era abatido e levado direto para a banca, sem nem uma refrigeração.  Isto em questão da carne suína.



Imagem 2(homem manuseando a carne suína)

A carne de frango, não foi tratada de outra maneira, eles a congelavam e a levavam para a banca, só avia um problema como eles manteriam aquela carne congelada? Está ai uma boa pergunta, eles a deixavam sobre a banca descongelando e assim adquirindo a ativação de vários microorganismos, que iriam causar o rápido apodrecimento da carne ou até a ativação de uma bactéria muito séria.

Imagem 3 (mulher com a carne de frango)

Os equipamentos usados no local, nem todos estavam em ótima condição, por exemplo: as maquinas de caldo de cana, já se viu uma feira que não se vende caldo de cana. Quase sempre são elas que se encontra em pior estado, enferrujadas e até com peças caindo.  Tomar um caldo deste é a mesma coisa que pedir, vem bactéria me pega, como pode causar varias doenças talvez não cause nada, mas o mais comum são dores intestinais que são realmente muito desagradáveis.

Imagem 4 (maquina de caldo de cana)

Podemos constatar também no local a presença de animais, como cães e gatos. A presença destes animais sempre é constante, causando vários riscos para a saúde humana, pois pode ir pelo no alimento. E logicamente eles iriam excretar no local, assim trazendo muitos patogenos ao ambiente.

Imagem 5 (cachorro)

(em construção)












Venha!!