Caprinocultura

O que é Caprinocultura?
Caprinocultura é parte da zootecnia especial que trata do estudo e criação de caprinos.

Instalações para caprinos

As instalações compreendem todas as edificações cobertas, saleiros, os bebedouros, as cercas, os pedilúvios, o isolamento, etc. Estas representam uma parcela significativa no investimento para uma criação de caprinos, independente da atividade. As instalações devem estar relacionadas com o sistema produtivo escolhido, como também com o manejo a ser adotada na propriedade. No caso de criações extensivas os animais precisam de instalações mais simples e em menor número, já no semi-intensivo e intensivo, há uma necessidade maior, com instalações mais complexas, bem divididas e trabalhadas,
O principal objetivo das instalações é viabilizar e facilitar o manejo, de uma forma geral, de um rebanho caprino, sem causar estresse aos animais, otimizando o emprego da mão-de-obra, reduzindo os custos e favorecendo a produção e produtividade do empreendimento.

Currais de manejo

Destinam-se ao manejo dos animais durante os procedimentos de pesagem, vacinação, etc. Devem estar localizados na região central do manejo. Os currais devem dar acesso a bretes, são instalações complementares que trazem grande utilidade ao manejo dos animais no que diz respeito a vacinações, vermifugações, pesagens e outras práticas. A balança deve ficar localizada sempre na saída do brete, abrigada por uma cobertura para melhor conservação da mesma e do manuseador. Recomenda-se a instalação de um pedilúvio na entradas dos currais, tendo como finalidade fazer a desinfecção espontânea dos cascos dos animais, o mesmo deverá ser construído com 2 MT de comprimento e 10 cm de altura, sendo a largura equivalente a da porteira.

Bretes
O brete é uma parte complementar ao curral de manejo, sendo destinado as intervenções sanitárias do rebanho, tais como: vacinações, vermifugações, etc.


Bebedouros e comedouros
Os bebedouros devem preferencialmente ficar do lado de fora das baias, esta medida promoverá a diminuição da umidade no interior do aprisco, reduzindo, desta forma, o desenvolvimento de doenças, principalmente respiratórias e evitando a contaminação fecal da água e alimentos, como também facilitar o acesso e a limpeza pela manejador. Os animais terão acesso aos comedouros e bebedouros através de aberturas que passem a cabeça do animal. Devem estar localizado de forma que todos os animais tenham acesso. Podem ser confeccionados de vários materiais, mas os mais usados são os de alvenaria, madeira e os de borrachas, aproveitando pneus usados para sua confecção. Os bebedouros devem ficar a uma altura de 50 cm do solo ou na altura da garupa do animal em não ser muito grande. Os comedouros devem possuir um tamanho linear de 25 cm para cada animal adulto e deve ficar o sue findo a uma altura de 20 cm do chão.

Saleiros
Os saleiros devem estar distribuídos no centro das baias, de forma que todos os animais tenham acesso fácil, devem ser pequenos e ficar 20 a 30 cm suspensos do solo. As dimensões recomendadas são: 20 cm de profundidade, 30 cm de largura e nunca deve ultrapassa 2 metros de comprimento, vai depender da quantidade de animais no aprisco. Pode ser utilizado também, como forma de diminui os custos, pneus velhos cortados ao meio e colocados no meio das instalações.

Quarentenário
Este local destina-se a abrigar animais recém adquiridos. Tem fundamental importância no ato da introdução de novos animais no rebanho de onde não se conhece a procedência. Deverá ficar isolado das demais instalações. Neste local os animais serão avaliados clinicamente, vacinados e vemifugados antes de serem inseridos no rebanho.
Isolamento
Como o próprio nome já diz, este local deve abrigar os animais enfermos, de maneira que estes animais não entrem em contato com os demais, evitando a transmissão de doenças ou até parasitas externos como piolhos, carrapatos, sarnas etc.
Esterqueiras
É uma construção reservada para o depósito de esterco, sendo de extrema importância, pois além de dar um destino adequado às fezes, evitando contaminação de pastagens, terá por finalidade armazenar o esterco produzido, de forma que seja permitida uma adequada fermentação do material, resultando um produto final de alta qualidade, com higiene e segurança. A esterqueira deverá ficar em um local onde não haja acesso dos animais, no nível mais baixo do terreno. A esterqueira pode ser de alvenaria, medindo quatro metros de largura por dois metros de profundidade e 1,5 metros de altura.

Cercas
Na caprinocultura a confecção de cercas é um procedimento que requer bastante investimento por parte do produtor. Este deve levar em consideração vários fatores para diminuir os gastos em construção e manutenção das cercas. As cercas podem ser confeccionadas com arame liso, arame farpado, cercas elétricas, cercas de varas ou mistas (arame e madeira), cercas de tela, cercas vivas e até cercas de pedras. A escolha do tipo de cerca deverá levar em consideração o tipo de produção e o valor econômico. solo, um segundo fio logo aos 50 cm do solo, ambos eletrificados, e mais dois fios complementares, na parte superior (Sório, 2003). A cerca de tela se apresenta como uma boa alternativa, os custos de implantação são mais altos que a cerca elétrica, mas a manutenção se torna mais barata por serem bem resistentes e, além de tudo promovem melhor contenção dos animais. Os mourões e estacas devem ficar submersos 70 e 50 cm, respectivamente e a distância entre eles vai depender do material utilizado.




Doenças de caprinos



Os caprinos são acometidos por várias doenças, entre as quais, a linfadenite caseosa (mal-do-caroço), o ectima contagioso (boqueira), a pododermatite (frieira), além das doenças causadas por ectoparasitas, como piolhos, miíases (bicheiras) e sarnas e, principalmente, aquelas causadas por endoparasitas (verminose).


Verminose

A verminose é uma doença causada por helmintos ou vermes que vivem, principalmente, no abomaso (coalho) e intestinos dos animais, podendo atacar todo o rebanho. Quando acometidos pelos vermes, os caprinos se tornam fracos, magros, com pêlos arrepiados, apresentando diarréia, edema submandibular (papada) e anemia.
A verminose é a doença que mais mata caprinos, sobretudo, os animais mais jovens. Os seus principais prejuízos são:
·         Diminuição dos índices de parição.
·         Diminuição do crescimento dos animais.
·         Diminuição da produção de leite.
·         Aumento do número de mortes no rebanho.

Linfadenite caseosa ou mal-do-caroço

É uma doença contagiosa, causada por uma bactéria que se localiza nos linfonodos ou landras, produzindo abscessos ou caroços. Os caroços podem aparecer em vários locais e sua presença causa desvalorização da pele e também da carne.
É importante evitar que os abscessos se rompam naturalmente. Portanto, quando o caroço estiver mole, ou maduro, o criador deve fazer o seguinte:
·         Cortar os pêlos e desinfectar a pele, no local do caroço, com solução de iodo a 10%.
·         Abrir o abscesso para a retirada do pus.
·         Aplicar a tintura de iodo a 10% dentro do caroço.
·         Aplicar o mata-bicheiras para evitar varejeiras.
·         Queimar o pus retirado e limpar os instrumentos utilizados.
·         Isolar os animais doentes.
Além do corte do caroço, deve-se examinar os animais no momento da compra, tendo o cuidado para não adquirir aqueles que apresentem tal problema. Quando animais do rebanho apresentarem caroço por duas ou três vezes seguidas, devem ser descartados.
Ectima contagioso ou boqueira

É uma doença contagiosa causada por vírus, que ocorre com mais freqüência nos animais jovens podendo, entretanto, atingir também os adultos.
Inicialmente, aparecem pequenos pontos avermelhados nos lábios. Posteriormente, há formação de pústulas que se rompem, secam e se transformam em crostas, semelhantes a verrugas.
Além dos lábios, pode haver formação de pústulas na gengiva, narinas, úbere e em outras partes do corpo. Os lábios ficam engrossados, sensíveis e os cabritos têm dificuldade de se alimentar, vindo a emagrecer rapidamente.
Para evitar que os animais atingidos por essa doença venham a contaminar o rebanho, os seguintes cuidados devem ser tomados:
·         Isolamento dos animais doentes.
·         Retirada das crostas com cuidado.
·         Uso de glicerina iodada:
·         Iodo a 10% - 1 parte
·         Glicerina - 1 parte
·         Uso de pomadas cicatrizantes.

Pododermatite ou frieira


É uma doença contagiosa, causada por bactérias. Provoca uma inflamação na parte inferior do casco e entre as unhas. Ocorre com maior freqüência no período chuvoso, quando os animais são mantidos em áreas encharcadas.
O sinal mais evidente da doença é a malqueira. Os animais têm dificuldade para andar, permanecem quase sempre deitados, se alimentam mal e emagrecem, podendo vir a morrer.
Para o tratamento da frieira, são recomendados os seguintes procedimentos:
·         Separação dos animais doentes do restante do rebanho.
·         Realização da limpeza dos cascos afetados.
·         Tratamento das lesões com alguns desinfetantes.
·         Solução de tintura de iodo a 10%.
·         Solução de sulfato de cobre a 15%.
·         Solução de ácido pícrico (cascofen).
Nos casos graves, recomenda-se a aplicação de antibióticos. Entretanto, existem meios para prevenir a ocorrência de frieiras, tais como:
·         Manutenção das criações em lugares secos e limpos.
·         Aparação periódica dos cascos deformados.
·         Construção de pedilúvio na entrada dos chiqueiros, devendo abastecê-lo uma vez por semana, com desinfetantes específicos. O pedilúvio deve ser construído e localizado de modo a forçar os animais a pisarem nesses materiais quando de sua entrada nos chiqueiros. O volume da solução a ser utilizado com qualquer dos produtos deve ser suficiente para cobrir os cascos dos animais.
O pedilúvio consiste em um tanque feito de tijolos e argamassa de cimento, que deve ser construído na entrada do curral, aprisco ou chiqueiro. Tem a finalidade de fazer a desinfecção dos pés dos animais.
Dimensões do pedilúvio:
·         2,0 m de comprimento.
·         0,10 m de profundidade.
·         Largura: correspondente à largura da porteira.
·         Proteção lateral com cerca de arame liso ou ripas de madeira de 1,20 a 1,40 m de altura.
Os seguintes desinfetantes podem ser utilizados no pedilúvio:
·         Solução de formol comercial a 10%.
·         Sulfato de cobre a 10%.
·         Cal virgem diluída em água a 40% (alternativo de criação de caprinos).
·          
Pediculose (piolhos)

As criações de caprinos que não possuem as condições higiênicas satisfatórias, geralmente apresentam-se infestadas por piolhos. Existem dois tipos de piolhos: mastigador (Malófago) e sugador (Anoplura).
Os piolhos ocorrem durante todos os meses do ano, porém, com maior intensidade na época seca. A presença dos piolhos em um rebanho pode ser facilmente detectada pelo exame dos pêlos dos animais, preferencialmente, na linha dorso lombar e na garupa. No entanto, os piolhos podem se localizar em outras regiões do animal, causando coceira e irritação da pele, inquietação e emagrecimento, podendo levar os animais à morte.
Os piolhos podem ser controlados mediante pulverização ou banho dos animais com produtos a base de piretróides (produtos de baixa toxicidade). Também pode ser utilizada uma calda a base de Melão-de-São-Caetano. Essa calda deve ser bem forte, podendo ser obtida a partir de um quilo de folhas verdes de Melão-de-São-Caetano para cada 10 litros de água. As folhas devem ser maceradas ou trituradas e misturadas à água. Após esse processo, a mistura deve ser filtrada (coada) com pano e utilizada para banhar os animais.
Quando da aplicação de produto químico para controle dos piolhos, os seguintes cuidados devem ser tomados:
·         Aplicar o produto de preferência pela manhã.
·         Misturar o produto com água, de acordo com a recomendação do fabricante.
·         Repetir o tratamento após dez dias.
Para evitar a ocorrência de piolhos nos caprinos, devem ser realizadas inspeções periódicas do rebanho, para detectar a possível ocorrência do parasita. Além disso, deve-se evitar a entrada de animais com piolhos na propriedade.

Miíases ou bicheiras


As miíases ou bicheiras são causadas por larvas de moscas conhecidas como varejeiras. As bicheiras podem causar problemas sérios, como a destruição do úbere e dos testículos, além de causar otites e outras complicações, desvalorizando a pele do animal. A mais importante causadora de miíases é a mosca Cochliomyia hominivorax, de coloração verde-metálica (mosca varejeira). Os animais com bicheiras ficam sem apetite, inquietos e magros. Se não forem tratados podem morrer.
As bicheiras devem ser tratadas com substância larvicida, limpeza da ferida, retirada das larvas e aplicação de repelentes e cicatrizantes no local afetado, diariamente, até a cicatrização. Entretanto, estas podem também ser evitadas pelo tratamento do umbigo dos animais recém-nascidos com tintura de iodo a 10% e mediante o controle das moscas, através da limpeza nas instalações. Devem-se tratar todas as feridas que forem vistas nos animais, principalmente na época chuvosa.
A tintura de iodo a 10% pode ser obtida através dos seguintes ingredientes:
·         Iodo em pó 10 g
·         Iodeto de Potássio 6 g
·         Álcool 95 ml
·         Água destilada 5 ml
Caso o criador não disponha dos ingredientes necessários à confecção da tintura, pode adquirir o produto já pronto nas farmácias.

Sarna


A sarna é uma parasitose causada por ácaros, que são parasitas muito pequenos, medindo menos de 1 mm.
Os caprinos, geralmente, são acometidos pela sarna auricular, conhecida como caspa do ouvido, e sarna demodécica, conhecida como bexiga, que danifica o couro do animal.
a) Caspa do ouvido
·         Realizar a limpeza do ouvido, retirando as crostas com algodão embebido em uma solução de iodo a 10%.
·         Usar sarnicida no local.
·         Usar repelentes para evitar bicheiras.
b) Bexiga
·         Não comprar animais com bexiga.
·         Controlar a superlotação nos apriscos.
·         Tratar os animais doentes com ivermectin, aplicado por via subcutânea, a uma dose de 0,2 mg por quilograma de peso vivo, em uma única dose.
Os animais doentes devem ser separados e tratados com sarnicida de uso tópico ou geral. Aqueles animais que, porventura, não melhorarem com a aplicação do remédio devem ser descartados do rebanho.


Criação de caprinos no Brasil
A criação de ovinos e caprinos no Brasil vem se desenvolvendo em larga escala nos últimos anos, comprovando as previsões de especialistas sobre o potencial dessa atividade, especialmente no Estado de São Paulo. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) demonstra que o rebanho nacional de ovinos e caprinos somava 25 milhões de cabeças há apenas três anos (2004). Atualmente, já superam 30 milhões de cabeças. Nesse ritmo, o Brasil já é o 8º maior criador de caprinos e ovinos no mundo. A maior concentração dos rebanhos está nas regiões Nordeste, com cerca de 50% dos ovinos e 90% dos caprinos. De acordo com Arnaldo dos Santos, presidente da ASPACO (Associação Paulista de Criadores de Ovinos), São Paulo é o Estado onde a atividade mais cresce no País, especialmente no segmento de animais de elite, mostrando sua vocação e potencialidade da produção animal. Atualmente, o rebanho de ovinos em São Paulo é estimado em 365 mil cabeças. Parceiros investidores – Os surpreendentes números da atividade despertam cada vez mais o interesse de empresários de fora do agronegócio, atraídos pelo retorno financeiro e pelas opções de investimentos oferecidas. Assim, ganham espaço os chamados ‘parceiros investidores’. “As oportunidades estão aí. A caprino-ovinocultura é um excelente negócio e o retorno vem muito rápido. O Brasil importa grande parte da carne de cordeiro consumida no País. Somente em São Paulo, há déficit de mais de 3 milhões de cabeças para atender a demanda por carne de ovinos, que não chega a 1 kg por habitante/ano. Imagine se esse consumo dobrar? Está aí um investimento seguro e rentável”, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro, empresa promotora da 4ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Finco), maior exposição de caprino-ovinocultura da América Latina, realizada entre 13 e 17 de março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). O evento, que acompanha o crescimento da atividade no País e trabalha para oferecer ferramentas para os investidores deste mercado em expansão, deve reunir mais de 4 mil animais de criadores vindos de todas as regiões do Brasil, que vêm a capital paulista em busca de informações, troca de experiências e boas oportunidades de negócio. “Uma clara vantagem da criação de caprinos e ovinos, em comparação à pecuária de corte, por exemplo, é o maior retorno de quilos de carne por hectare, em um menor espaço de tempo. Em um mesmo hectare, pode-se produzir, por ano, em torno de 500 kg de peso vivo de cordeiro; se a mesma área receber bovinos, a produção será de apenas 150 kg de peso vivo”, explica o diretor do Agrocentro. Vicente Ribeiro, presidente da Capripaulo (Associação Paulista dos Criadores de Caprinos), faz coro ao potencial da caprino-ovinocultura, particularmente em São Paulo. “Temos tudo para crescer, porém é preciso muito trabalho nos próximos dez anos para profissionalizar a atividade e estruturar melhor o mercado produtivo, além de estimular o consumo”, assinala Vicente Ribeiro. A maior feira do setor – A Feinco 2007 é o ponto de encontro certo para discussão das necessidades da atividade e tem programada mais de 40 atividades paralelas, visando a capacitação e a profissionalização dos criadores e investidores. Em sua primeira edição, em 2004, a Feinco reuniu 30 expositores, 53 criadores, 600 animais e teve público de 10 mil visitantes; já em 2005, foram mais de 100 expositores, 120 criadores, 2 mil animais, 15 mil visitantes e faturamento de mais de R$ 1,4 milhão com o comércio de animais. No ano passado, o evento obteve faturamento de R$ 2,6 milhões somente com venda de animais nos seis leilões realizados e reuniu mais de 120 expositores, 3 mil animais, 150 criadores e cerca de 21 mil visitantes, inclusive estrangeiros, como as comitivas de Canadá, México e Uruguai. Em 2007, a organização da Feinco deve reunir 4 mil animais e receber 20 mil visitantes no evento. “Nossa expectativa é positiva porque teremos 150 empresas expositoras, aumento de 100% em relação à edição anterior, crescimento de 30% do número de leilões, 20 diferentes raças ovinas e caprinas, em uma área coberta, de 22 mil m2”, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro.
Alimentação
Os caprinos são animais capazes de sobreviver em condições de alimentação de baixa qualidade, entretanto, nessas condições, o seu desempenho é pouco satisfatório, ficando comprometido. É necessário, portanto, que os caprinos disponham de alimento de boa qualidade e em quantidades que satisfaçam suas necessidades durante o ano, resultando em aumento da produção e gerando mais lucros à atividade.
Normalmente, a fonte principal de alimentos advém da própria vegetação nativa da região, cujas folhas e ramos são bastante apreciados pelos caprinos. Assim, na escolha de uma propriedade para criação desses animais, deve ser dada preferência àquelas cuja vegetação nativa seja do tipo caatinga, ou matas onde existam Unha-de-Gato, Mororó, Jurema Preta, Camaratuba, Maria Preta, Pau Ferro, etc., que são excelentes fontes de alimento. Já as regiões de chapadas, que possuem capim agreste, não são adequadas para a criação de caprinos.

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